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Caso dos respiradores avança em SC com R$ 34 milhões bloqueados pela Justiça

Houve avanço na recuperação dos R$ 33 milhões gastos na compra fraudulenta de 200 respiradores em Santa Catarina. Conforme o governo do Estado, R$ 34,1 milhões se encontram bloqueados em dinheiro, imóveis, veículos e participações em empresas.

Além disso, mais de R$ 10 milhões estão sendo cobrados em ação contra empresa importadora envolvida. O número foi atualizado na plataforma lançada em agosto pelo Estado, que detalha o quanto já foi recuperado do montante.

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O valor ultrapassa a quantia usada na compra dos respiradores. Isso porque o Estado busca não apenas o ressarcimento dos R$ 33 milhões, mas também dos danos sociais e morais causados à população catarinense.

Em setembro, a Justiça negou o pedido de liberação imediata, feito pela PGE (Procuradoria Geral do Estado), de R$ 13,7 milhões em recursos já bloqueados do caso dos respiradores. O Estado recorreu da decisão por meio de embargos de declaração, que ainda não foram julgados, conforme a PGE.

No início de outubro o Estado ajuizou a terceira ação judicial, com requerimentos de quebra de sigilo bancário e fiscal, além da indisponibilidade de bens contra pessoas e empresas.

Como resultado da ação ajuizada, a Justiça determinou o bloqueio de imóveis, participações em empresas e dinheiro, além da indisponibilidade (restrição de transferência) de veículos. O processo tramita em segredo de Justiça.

Entenda o caso

O contrato polêmico envolvendo a empresa Veigamed e a Secretaria de Estado da Saúde, que pagou R$ 33 milhões antecipadamente pelos 200 respiradores, veio à tona em 2020 e é alvo de investigação na Operação Oxigênio.

Dos 200 respiradores comprados, apenas 50 chegaram ao Estado. Mesmo assim, eles foram apreendidos pela Receita Federal e, posteriormente, doados para a SES (Secretaria de Estado da Saúde).

Apesar disso, apenas uma pequena parte pode ser aproveitada, em função da configuração do produto chinês, que não é previsto para a utilização dos pacientes de Covid-19 hospitalizados.

Em maio deste ano, o governador Carlos Moisés (sem partido) foi absolvido no Tribunal de Julgamento que apurava a participação dele na compra fraudulenta.

Com o arquivamento das investigações que apuravam o envolvimento de Moisés, há pouco mais de um mês, a Justiça de Santa Catarina retomou o inquérito que investiga a compra irregular. Entre os investigados estão  empresários, agentes públicos e políticos.

Com informações ND Mais 

 

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