O Ministério Público de Santa Catarina divulgou na tarde desta quinta-feira, 2, como funcionava o esquema desmantelado pelo Gaeco na Operação Emergência, desencadeada no Meio Oeste.
Segundo o MP, o esquema funcionava da seguinte forma; o paciente que já estava na fila para procedimentos cirúrgicos no SUS (cirurgia eletiva) e desejava adiantar sua cirurgia. Ele entrada em contato com o articulador para organizar um encontro com o operador do esquema.
O articulador apresentava o operador ao paciente, que relatava seu caso. Assim, o operador entrava em contato com a equipe médica plantonista e instruía o interessado a simular/dramatizar seu estado de saúde.
Então o paciente procurava o articulador para resolver seu problema de saúde. O articulador apresentava o operador que indica um médico para atendimento particular. Depois do atendimento, o operador instruía o paciente que não desejava arcar com os custos do tratamento na rede privada a simular/dramatizar seu estado de saúde a fim de dar entrada como “emergência” no SUS.
O operador organizava com a equipe hospitalar a data para a entrada do interessado em situação de “emergência”. Depois o paciente realizava o pagamento de valores ao operador que ficava encarregado de repassá-los aos demais envolvidos.
Na data combinada, o paciente era recebido como “emergência” simulando dores ou estado grave de saúde. Dados fictícios eram inseridos no sistema (SISREG) com o intuito de justificar o atendimento de emergência. Com isso, o paciente furava fila do SUS e a cirurgia era realizada.
Nove pessoas foram presas temporariamente por cinco dias e estão no Presídio Regional de Caçador. Destes, dois de Videira, dois de Rio das Antas, um de Balneário Camboriú e quatro de Caçador. Dentre eles está o vereador Márcio JF.
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Com informações Ministério Público