A Prefeitura de Caçador fez confusão e encaminhou dois projetos diferentes com o mesmo assunto: aumento dos servidores públicos municipais. Resultado: os vereadores acharam por bem devolver o projeto para que as correções sejam feitas.
Com o plenário lotado de servidores públicos municipais nesta sexta-feira, 22, ponto facultativo, a Câmara realizou uma sessão extraordinária para apreciar o aumento.
Um dos projetos, que tratava do aumento para os agentes comunitários de saúde, trazia aumento de mais de 11%, de acordo com o Índice Geral de Preços. O outro, que tratava a respeito do aumento para os demais servidores, propunha um aumento de apenas 2,96%.
“Se esse projeto fosse rejeitado, não poderia mais voltar esse ano. Entendemos que houve vícios, por um versar sobre um valor e o outro, valor bem menor, por isso, estamos devolvendo ao Executivo e cabe ao prefeito e a assessoria elaborar novos projetos, dentro da legalidade, que vamos aprovar com certeza ”, explicou o vereador Valmor de Paula.
O pedido para a retirada do projeto da votação e devolução para a Prefeitura partiu do vereador Carlos Evandro Luz. “Assim, possibilitando ao Sindicato para conversar com o prefeito, visando auferir a todos os mesmos índices, do período inflacionário de abril até aqui, não ocasionando prejuízo aos servidores”, completou.
“A Associação dos Municípios vinha desde janeiro discutindo com as prefeituras e informado a respeito da Legislação eleitoral. Então, não é verdadeira a história de que a Prefeitura não sabia, porque estavam sabendo que existia uma irregularidade. Mas, os servidores não podem pagar por um erro da Administração”, destacou o presidente da Câmara, Ricardo Pelegrinello.
A inércia da Prefeitura em atender o aumento para os servidores foi motivo de indignação por parte de alguns vereadores. “Eu acredito sim que realmente é má vontade da administração, não tem outra explicação. Mas acredito que nos próximos dias, o prefeito e seus assessores vão se embasar melhor e reconhecer o que é de direito dos trabalhadores”, ressaltou o vereador Fernando Scolaro.
“Entendemos por bem devolver o projeto. Foi uma atitude necessária do Poder Legislativo ante a inércia e displicência do Executivo. Se hoje administra um quadro de 1800 servidores, dito pelo prefeito, e você não lembrar que o poder aquisitivo destas pessoas havia diminuído em um ano e a lei o garantia a esses uma revisão face a variação do IGPM, não é compreensível”, disparou a vereadora Cleony Figur.
A decisão sobre o aumento dos servidores está nas mãos da Prefeitura novamente.