Nenhuma proposta foi apresentada no leilão da extinta empresa Sulca, realizado nesta sexta-feira, 6, no fórum da Comarca de Caçador. A entrega dos envelopes com a proposta de entrada mínima de R$ 5 milhões deveria ter sido feita pelos interessados até a tarde desta quinta, mas isso não aconteceu.
Dentre os argumentos, os principais dão conta de que a crise e a atual situação política do Brasil impediram os interessados em dar lances. Além disso, a presença de inquilinos no local também afetou na apresentação das propostas. “A nossa ideia, da Justiça, da síndica e do Ministério Público é de aguardar a desocupação e alguns meses a mais para então fazer uma nova tentativa de venda ou leilão”, destacou a juíza Luciana Trentini.
Os atuais inquilinos têm até o início do mês de agosto para deixar o local. Se isso não acontecer, a Justiça poderá determinar a desocupação com reforço policial.
Se acaso não houver propostas de compra do prédio e terreno, alternativas podem ser estudadas. “Não podemos vender a preço vil, porque estamos tratando de um patrimônio alheio. Então, o que se faz é alugar o imóvel. Esse é um dinheiro que se reverte à Massa Falida e aos credores”, acrescentou a juíza.
O vereador Valmor de Paula lamentou mais uma vez a falta de propostas e destacou que não é contrário às empresas que estão no local. “Ninguém quer desalojar empresa alguma nem contrários às empresas que lá estão, mas o que estamos lutando há 25 anos é para que o imóvel seja leiloado e para que os credores da Sulca recebam os seus direitos, em especial os trabalhadores que lá produziram e que construíram todo aquele patrimônio”, finalizou.