Uma cobra Naja foi capturada, na manhã desta sexta-feira, 10, em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina. O animal foi encontrado na subestação de esgoto no centro da cidade por funcionários da Emasa que trabalhavam no local.
Quando foi encontrado, o animal já em posição de ataque. O Corpo de Bombeiros foi acionada para fazer a captura, que aconteceu com bastante dificuldade.
Ao portal Página 3, o bombeiro Walter José de Borba Netto afirmou estar bastante surpreso com uma espécie dessas no Brasil. Ele acredita que ela veio contrabandeada da África.
A Naja é uma das 10 cobras mais venenosas do mundo. O animal capturado em Balneário Camboriú tem mais de um metro de comprimento.
A captura foi feita pelos sargentos Leodegário e Marilson que passaram por uma experiência inusitada. A cobra estava muito agitada. “Ela é cuspideira, exala veneno a mais de um metro de distância. É muito perigosa. Derruba um elefante. É um crime que fizeram, porque ela veio contrabandeada e deve ter escapado. Nem soro temos para ela aqui no Brasil”, disse Borba Netto, ao portal Página 3.
Ao Diário Catarinense, o biólogo Rodrigo Fischer, especialista em serpentes, afirmou que algumas características da cobra coincidem com a da naja, como o capelo, aquela “aba” próxima à cabeça, e a mancha que ela tem nas costas. No entanto, ele prefere não afirmar que se trate de um exemplar da famosa serpente africana porque não conseguiu ver o animal de frente.
O mais provável, diz o biólogo, é que a cobra tenha chegado a Balneário através do tráfico de animais. Não há criadores autorizados de naja no Brasil. Nesse caso, o proprietário pode ter perdido o animal ou deixá-lo fugir por algum motivo, como falta de condições financeiras para mantê-lo, por exemplo. No entanto, embora se trate de uma possibilidade remota, Fischer lembra que o animal poderia até ter vindo a bordo de um navio que atracou na região.
“Elas sobrevivem sem problema a uma viagem da África até aqui”, diz.
O animal foi levado ao zoológico de Balneário Camboriú, no Parque Cyro Gevaerd, onde será identificado e permanecerá em quarentena.
