Cinco propostas de compra do prédio e terreno da Sulca foram apresentadas nesta quarta-feira, 17, em leilão no fórum da comarca de Caçador. Durante o leilão houve muita discussão e pressão pública acerca das empresas e trabalhadores que ocupam atualmente o espaço.
“Estamos com cinco propostas para que possamos apresentar a magistrada para ela analisar se é possível ou não fazer a venda”, explicou o leiloeiro Enéas Vasconcelos.
A proposta inicial de R$ 9 milhões não foi aceita, sendo assim foi aberta a venda direta, com proposta para compra. “Foram apresentadas proposta parceladas hoje que serão analisadas se são condizentes com o valor da dívida da massa. Caso nenhuma proposta seja aceita será aberto um prazo de 60 dias para venda direta para que novas pessoas ou as que já fizeram apresentem novas propostas que serão novamente avaliadas pelo juízo da massa”, explicou a juíza Luciane Pelisser Gottard.
Se o terreno não for vendido para compradores caçadorense, o leilão será anunciado fora do município. “Nós fizemos um leilão de divulgação para Caçador. Nós pensamos que os empresários caçadorenses iam arrematar, mas depois das fofocas abriram mão. Se a venda não for feita, nós vamos divulgar em jornais de São Paulo, Rio de Janeiro e pessoas de fora”,
A discussão em torno da realocação dos ocupantes do terreno foi descartada pela juíza. “Questões periféricas de ‘como vou ficar com os inquilinos atuais do imóvel’ isso é uma questão que se resolve após a veda. Pode ter um comprador que diga que eles possam ficar lá por 3, 5 ou 10 anos, mas isso é com o proprietário que comprará o imóvel”, disse Luciane.
O vereador Valmor de Paula lamentou as discussões inoportunas levantadas sobre o leilão. “É um desrespeito quando dizem que o leilão não será realizado ou que ninguém vai tirar as pessoas que lá estão. Se for arrematado o poder judiciário tem a opção de mandar todas as empresas que lá estão que tenham de se retirar”, declarou Valmor.
Valmor ainda falou sobre as empresas que ocupam o terreno atualmente. “Os contratos eram para 5 anos, e a maioria das empresas estão lá a mais de 5anos. O objetivo era de ser uma incubadora industrial e isso deixou de acontecer quando os prazos não foram respeitados. No contrato tinha uma clausula que as empresas poderiam sair a qualquer momento de lá. Já demos um prazo de um ano e nenhuma das empresas foram pegas de surpresa”, finalizou Valmor.
A Uniarp também esteve no leilão e manifestou seu interesse no arremate caso nenhuma proposta inicial seja aceita. “A universidade irá levar ao conselho a intenção de adquirir uma área maior para possíveis ampliações. Depois do sinal verde nós vamos prosseguir com a proposta. A universidade acha que é um imóvel de grande valor e impacto social a entrada dela lá. É possível fazer uma transição tranquila do pessoal que está e possível realizar o sonho de construir o Centro Tecnológico que a Uniarp busca há muito tempo”, contou o presidente da Fundação Uniarp, Auri Baú.