O Vaticano está investigando a sociedade católica brasileira da ultraconservadora Arautos do Evangelho. O motivo seria um suposto “pacto com o Satã sobre a morte do Papa Francisco”. É o que aponta a manchete do jornal americano Daily Beast do final de semana passado.
A informação passou a ganhar força com a publicação do jornalista Andrea Tornielli, do jornal italiano “La Stampa”, além de ter circulado pelo Daily Mail, entre outros. Segundo o colunista do jornal Folha de São Paulo, Nelson de Sá, a evidência veio por meio de um vídeo que vazou na internet.
Tornielli confirmou que o homem que aparece no vídeo, monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, renunciou ao cargo de líder da organização.
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Segundo o Daily Mail, a organização brasileira Arautos do Evangelho, que é parte da dissidência católica TFP – Tradição, Família e Propriedade –, é formada por exorcistas que utilizam da prática de maneira desonesta, a fim de realizarem possessões nos corpos das pessoas.
Além disso, os seguidores do grupo acreditam que seu ex-líder, Dr. Plínio Correa de Oliveira, que morreu em 1995, está em contato próximo ao demônio e, por isso, possui superpoderes.
No suposto diálogo que foi lido durante a reunião gravada, o Satã teria afirmado que o Papa iria “cair”, morrendo dentro do Vaticano, e que um “meteorito atingirá o Oceano Atlântico, destruindo a América do Norte”. Ademais, o diabo se refere ao ex-líder como “o autor da mudança climática na Terra e do aumento da temperatura” e afirma, enfaticamente, que “o Vaticano é meu! Meu!”.
“O papa faz tudo o que eu quero, ele é um estúpido! Ele me obedece em qualquer coisa. Ele é meu servidor”, lê um dos membros da organização católica, supostamente afirmado por Satanás.
O portal “Daily Beast” cita que o grupo defende que a morte de Francisco seja o caminho para que a Igreja tenha um líder conservador novamente, retornando com as práticas já antiquadas pouco a pouco. De acordo com um porta-voz do Vaticano ao “Vatican Insider”, haverá uma investigação profunda em relação às práticas do Arautos do Evangelho e do conteúdo do vídeo divulgado.
Com informações do IG, Folha de São Paulo e La Stampa.