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Vamos falar de ansiedade? – Por Fran Marin

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Em todo lugar ouve-se a palavra ANSIEDADE: “sou ansioso”; “aquela pessoa é muito ansiosa”. Na verdade a pessoa NÃO É ansiosa, ninguém nasce ansioso, na verdade a pessoa ESTÁ ansiosa, existe um motivo, o estar ansioso é devido à influência do meio em que ela vive, a pressão no trabalho, o cotidiano, família, filhos, a demanda no mercado, compromissos, prazos e      metas. São inúmeros os motivos. Mas a ansiedade pode ser considerada NORMAL ou PATOLÓGICA? O que se distingue basicamente é pela sua INTENSIDADE, DURAÇÃO, e a FREQUÊNCIA que acontecem os sintomas.

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Vejamos:

Você sofre por antecipação?

Come mesmo sem sentir fome, apenas para satisfazer a gula?

Está sempre sofrendo, o coração dispara, sua frio, sem falar na dor de barriga nas horas mais impróprias?

Os seus nervos parecem estar à flor da pele, inquietação, fadiga, irritabilidade, diarreia, indigestão, tonturas, dores no peito, dificuldade de concentração, tensão muscular, palpitação, falta de ar, aumento da pressão arterial, dores de cabeça, alterações no sono, alterações nos hábitos intestinais?

Medo extremo de algum objeto ou situação em particular?

Falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da sua vontade?

Pavor depois de uma situação muito difícil?

É visto pelas pessoas como alguém de estopim curto, que anda sempre nervoso, sente dificuldade em  relaxar?

Cobra muito de si mesmo, vive envolvido em inúmeras tarefas, é pressionado pelos compromissos?

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Cuidado!!! Comece a se preocupar!!!!

ansiedade faz parte da vida do ser humano.  É uma reação normal diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. Ela é considerada NORMAL, a ansiedade que se manifesta nas horas que antecedem uma entrevista de emprego, publicações de um concurso, nascimento de um filho, uma cirurgia delicada, uma viagem a um país desconhecido, falar em público, conhecer alguém, nesses casos a ansiedade funciona como um sinal que prepara a pessoa para enfrentar o desafio e mesmo que ele não seja superado, favorece sua adaptação às novas condições de vida.

Ter ansiedade é sinal que estamos vivos!

Já a ansiedade considerada PATOLÓGICA, (que existe sofrimento, ou seja, a pessoa já foi acometida), ocorre nas mesmas situações da ansiedade considerada normal, mas tem uma frequência, intensidade e/ou duração tais quais interferem no bem estar do ser humano.

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A ansiedade patológica é  identificada quando há no mínimo três ou mais destes sintomas:

Inquietude – (sensação eterna de ter algo para fazer e não sabe o que).

Fatigar-se facilmente – (mal começou um trabalho e já está cansadíssimo).

Dificuldade para se concentrar – (não conseguir ler um livro, pois os olhos passam pela página, mas não absorve o conteúdo).

Irritabilidade – (alguém diz algo e mesmo que levemente desagradável você já reage impulsivamente e de forma muito mais agressiva do que seria necessário).

Tensão muscular –  (dores nas costas, nos ombros, nas pernas).

Perturbação do sono – (dormir demais ou de menos, acordar no meio da noite ou não conseguir iniciar o sono).

Segundo o DSM IV (Manual de Classificação de Doenças Mentais) a ansiedade é caracterizada pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos sintomas citados acima.

É comum a pessoa que passa por esse quadro dizer que está estressada, não deixa de estar certa, mas estresse não é um diagnóstico muito preciso, pois estresse pode ser aliviado diminuindo o ritmo de trabalho, e a ansiedade não.

Ansiedade não é doença, faz parte do nosso sistema de defesa. Para o ansioso cinco minutos é uma eternidade, impossível esperar por alguma coisa. O ansioso pensa muito rápido, mas perde qualidade em suas percepções e acaba julgando de forma errada as informações do ambiente. Por exemplo, um olhar torto vindo por parte de algum colega já é considerado como uma condenação. Isto é chamado “Pensamento Automático” – quanto mais ansiosa a pessoa for mais pensamentos automáticos distorcidos ela terá.

O ansioso antecipa situações e se vê gaguejando, imaginam desastres, todo um filme de terror passa por sua mente que o faz acreditar que passará por um grande vexame na frente de todos.

TRATAMENTO PARA A ANSIEDADE.

Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade:

Medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica)

Psicoterapia com psicólogo ou médico psiquiatra

Combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).

 

Porém, alguns especialistas sugerem dicas para aprender a lidar com a ansiedade. Vejamos:

1 — Respire fundo sempre que se sentir mais nervoso. Se possível, dez vezes: inspire profundamente e expire o mais lentamente que puder.

2 — Se o trânsito estiver ruim, ligue o rádio ou coloque para tocar suas músicas prediletas.

3 — Se for atingido pela raiva de alguém, não responda de imediato. Respire e pense nos seus sentimentos e atos. Se for algo que você fez, peça desculpas, se não, diga que é melhor conversarem em outra hora, quando todos estiverem mais calmos. Não caia na armadilha do “bate-boca”.

4 — Procure a delicadeza e a gentileza em suas relações no trabalho e em casa. O respeito ao outro, ao seu modo de ser, por mais diferente que seja, prepara o terreno para que você também seja respeitado.

5 — Adote uma forma de comunicação sem palavras agressivas. Uma fala mansa e alegre gera um ambiente de convivência mais pacífico, harmônico e confortável para todos, inclusive você.

6 — Invista em alguma atividade física aeróbica, pelo menos três vezes por semana, por no mínimo meia hora. Além de melhorar a autoestima, relaxa e alivia as tensões. E caminhe, sempre que for possível. Vida é movimento!

7 — Pratique alongamentos corporais, pelo menos duas vezes ao dia: estique as pernas e os pés, levante os braços e as mãos, estique e alongue o tronco, deixando-o cair o máximo que puder à frente do corpo. Faça isso pelo menos sete vezes. Ah! E os movimentos devem ser lentos, jamais acelerados para acabar logo.

8 — Tire um intervalo para o almoço de pelo menos 30, 40 minutos. Coma bem, mas levemente, e não engula a comida. Mastigue o mais devagar que puder, procurando saborear os alimentos. Depois, tente caminhar um pouquinho, dez minutos que sejam, pois já ajudam na digestão e um pouco mais no relaxamento do corpo e da alma.

9 — Adote algum hobby no seu dia a dia. Fazer pequenas coisas prazerosas fortalece a autoestima e fornece a deliciosa sensação de que também temos direitos e não apenas deveres!

10 — Cuide de si mesmo como a pessoa a quem mais se ama. Mas não se trata de individualismo ou exibicionismo. É cuidado mesmo, com sua saúde, com sua aparência, com sua proteção, com aquilo que lhe é importante. Não corra riscos desnecessários, só os que realmente valerem a pena, mas com cautela. Tenha limites, preserve-se dos excessos de todo o tipo.

A maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Por isso, é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, o tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos.

ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE ANSIEDADE:

O primeiro que falou em ansiedade da maneira como a conhecemos foi Sigmund Freud, no fim do século 19, e, ainda assim, com uma definição bem pouco precisa: ansiedade é o medo de “algo incerto, sem objeto”.

25% da população mundial apresenta algum tipo de perturbação da ansiedade.

A ideia de “era da ansiedade” nasceu antes da INTERNET e do computador. Apareceu pela primeira vez em 1947, num poema do inglês Wystan Hugh Auden, que, desiludido com a humanidade depois da 2ª Guerra Mundial, criticou o homem e sua busca sem sentido por significado. Desde então, há pelo menos uma obra por década que afirma que o ser humano está passando pelos tempos mais difíceis de sua história. .

O poeta inglês do século XIV Thomas Hoccleve dizia que convivia constantemente com um “forte peso” dentro do peito, e há registros de pessoas que se sentiam “doentes de preocupação” já no século XVIII. Isso muito antes de Freud e do avanço da psicologia. Hoje em dia, a indústria farmacêutica faz de tudo para vender remédios. Tem muita gente se medicando com drogas psiquiátricas, então parece que todo mundo sofre com a ansiedade o tempo todo.

Antes da descoberta dos ansiolíticos e antidepressivos, na década de 1950, a ansiedade era contornada com bebidas alcoólicas.

Há mais de 300 mil livros e 100 mil artigos médicos sobre o assunto.

Oito em cada 10 trabalhadores apresentam algum sintoma de ansiedade ao longo da carreira, segundo pesquisa de uma associação internacional voltada ao estudo do estresse.

Psicólogos da Universidade Stanford, por exemplo, provaram que pessoas mais ansiosas perdem menos dinheiro em investimentos financeiros de risco. É simples: quem se preocupa demais aprende mais rápido quando o risco de perder dinheiro é real.

O Brasil estima-se que 23% da população tenha algum tipo de distúrbio ansioso ao longo da vida. São eles: a Síndrome do Pânico, o Estresse Pós Traumático, as Fobias, o Transtorno Obsessivo Compulsivo e o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). A probabilidade de morrer de problemas cardíacos pode ser até 4 vezes maior para quem tem algum desses transtornos.

Enfim para terminar, a saúde é um bem precioso, o qual, dinheiro não pode comprar. Saúde é um patrimônio de valor inestimável e por isso deve ser tratado como uma jóia rara, de grande beleza e que precisa ser zelada por bons especialistas, além de uma alimentação saudável, hábitos de vida também equilibrado e muito respeito aos seus limites físicos. Desta forma, vai ficar melhor ver-se livre de um mal tão comum como a ansiedade.

Um forte abraço e até semana que vem.

Francielle Marin Menzel

Psicologa Clinica

CRP12/12973

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