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“Vamos atuar internamente sem afetar os cidadãos”, diz prefeito Beto

Nonna Agência Digital

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“Vamos atuar internamente sem afetar os cidadãos”, diz prefeito Beto Comazzetto

Diante de um quadro de desaceleração econômica nacional que continua a crescer, o prefeito de Caçador, Beto Comazzetto, declarou esta semana que seguirá com as contenções de despesas já anunciadas no mês de agosto, envolvendo a diminuição em 20% de seu próprio salário e também de secretários e cargos comissionados, além do corte de horas extras, diárias e novas regras para licenças prêmio.

As prefeituras passam atualmente por um momento de queda na arrecadação, aumento das despesas e a curta fatia dos repasses da esfera federal para os municípios. Em Caçador, as medidas passam ainda por outros setores administrativos. De acordo com o prefeito, estão sendo revistos contratos, serviços terceirizados, gastos com combustível, entre outros. A preocupação é em manter as ações em serviços básicos, como saúde e educação.

“Não vamos diminuir o ritmo nas ações destas duas áreas, que são fundamentais para os cidadãos caçadorenses e de qualquer lugar do mundo. Por isso as medidas começam internamente, analisando os setores administrativos e seus custos. No mês passado tivemos que tomar medidas emergenciais como a diminuição de salários, e nosso trabalho continua com a avaliação de custos gerados em outros setores e que podem ser diminuídos”, explica.

Beto Comazzetto revela que está em contato direto com os prefeitos da região da Amarp, assim como deputados federais e senadores catarinenses em Brasília. “Uma das lutas dos prefeitos é em poder participar com uma maior fatia dos impostos arrecadados na esfera federal, com destaque para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ICMS, Fundeb, entre outros, e ainda o Pacto Federativo proposto pelo então senador Luiz Henrique da Silveira, para descentralizar a gestão e os recursos do País e assim acelerar o crescimento dos municípios, apontando também para um maior investimento do Produto Interno Bruto (PIB), que deveria ser de no mínimo 25%”, comenta o prefeito.

Para ele, deve haver medidas que partam de cima para baixo, ou seja, que o Governo Federal entenda que não são os municípios os geradores da crise, e que não podem arcar sozinhos com uma situação econômica que assola a todos e vai parar direto na mesa das famílias. “Em Caçador melhoramos os serviços em saúde diminuindo significativamente a demanda por atendimento na atenção básica, trazendo mais médicos, aumentando as equipes de estratégia de saúde da família e ampliando as unidades de saúde. Na educação temos um índice de evasão escolar abaixo da média e estamos com obras de ampliação em escolas, construção de três novas creches e uma quarta já em projeto, além de outras creches já entregues sob a gestão da Aceias. Na infraestrutura seguimos com o cronograma de obras e as pavimentações de ruas para dar melhores condições às famílias, e muito ainda poderia ser feito se tivéssemos um retorno maior, ainda mais neste momento de crise”.

Beto Comazzetto acredita que o aumento da participação na arrecadação Federal já seria um respaldo considerável, e que é sonhado por todos os prefeitos. Ele explica que somente com as arrecadações municipais, nenhum administrador municipal consegue colocar em prática tudo que deseja.

“Estamos com um índice de desemprego aumentando no País assim como os tributos para os cidadãos e as despesas. As administrações municipais ficam com 17% em média do valor arrecadado pelo Governo, ou seja, a despesa está aumentando, mas a receita não. O que estamos fazendo em Caçador está sendo feito pela maioria dos prefeitos em todo o País, enquanto não se redistribui de forma mais justa estes tributos. Temos que cortar gastos internamente para que possamos fazer nossa parte e não deixar esta crise extrema afetar mais ainda a vida do contribuinte, a vida do cidadão comum. Vamos assegurar o acesso à saúde, educação, ações assistenciais e na medida do possível continuar com as obras de infraestrutura. Ao mesmo tempo, equilibrar as finanças para que as contas fechem ao final do ano. Esse é o nosso papel como gestor público, encontrar soluções”, declara o prefeito de Caçador.

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