No que diz respeito à indústria turística, as primeiras regiões especializadas na exploração industrial do fenômeno turístico surgiram na bacia européia do mar Mediterrâneo.
Determinados pontos da Itália e da Grécia, por abrigarem muitas relíquias de antigas civilizações, foram durante vários séculos destino de um considerável fluxo de visitantes (CASTELLI, 1990).
Na Costa Azul francesa, na Riviera italiana e em todo o litoral mediterrâneo espanhol surgiram diversos complexos de hotéis e apartamentos que no verão atendiam a grande número de turistas.
Fenômeno similar registrou-se na costa americana do Caribe e do oceano Pacífico, assim como em algumas regiões do Atlântico.
Progressivamente, a busca de novos ambientes e culturas foram responsáveis pelo alargamento das fronteiras das viagens de lazer até as regiões asiáticas e africanas.
Na maioria desses países, porém, a organização institucional voltada para o turismo não tem o mesmo nível de especialização alcançado na Europa e na América.
Nesse contexto também tem surgido nos últimos anos, a preocupação com os efeitos negativos de um turismo de massas, especialmente sobre as comunidades mais frágeis, menos desenvolvidas.
Antes disso, o foco ficava centralizado nas vantagens dos ganhos financeiros e do incremento na oferta de empregos para a população local.
De outra forma, tal atividade ameaça da mesma maneira com a destruição do meio-ambiente, a segregação dos nativos, a exclusão dos autóctones de todo o processo de planejamento e, a longo prazo, um amplo embargo sobre a população local.
Pode-se observar que quanto menor for o desenvolvimento da região receptora, maior será a intensidade dos efeitos negativos ambientais resultantes do fluxo turístico.
Os riscos decorrentes de uma atividade turística desregrada, em oposição ao turismo sustentável, são grandes, podendo levar a danos de difícil recuperação.
Existe uma tendência mundial, onde se torna evidente a necessidade de desenvolver o turismo com sustentabilidade, afinal, atividade turística deve ser concebida de maneira a permitir a sobrevivência e o desenvolvimento das ambiências naturais, de forma que não enseje a sua destruição e possível empobrecimento.