Três médicos que atuam em Rio Negrinho, no Planalto Norte de Santa Catarina, foram indiciados pela morte de um bebê de oito meses, que ocorreu em fevereiro deste ano na cidade.
Segundo a Polícia Civil, a criança apresentava febre, vômito, diarreia e desidratação e foi levada à Fundação Hospitalar de Rio Negrinho por três vezes até que, nesta última, foi encaminhada a Joinville, onde morreu.
Além de ouvir profissionais do hospital, testemunhas e o pai do bebê, a polícia juntou documentos, prontuários e o laudo pericial do IGP (Instituto Geral de Perícias), que apontou erros no atendimento.
De acordo com o laudo, houve incapacidade técnica dos profissionais, falta de solicitação de exames ou avaliação, além de transporte incompatível com a gravidade do quatro clínico – falta de UTI móvel com acompanhamento médico.
Segundo o perito, “o atendimento prestado foi omisso, caracterizado pela inércia, passividade e descaso em face da gravidade da situação”. O laudo atestou, ainda, que a criança morreu de septicemia (infecção) e enterite (inflamação no intestino).
Os três médicos foram indiciados por homicídio culposo e o inquérito foi encaminhado à Justiça. O Conselho Regional de Medicina também recebeu a documentação para tomar as providências necessárias.
A Fundação Hospitalar de Rio Negrinho foi procurada pela reportagem e o diretor administrativo da instituição, Cláudio Marmentini, informou que a fundação ainda não recebeu a documentação relacionada ao inquérito.
“Estamos aguardando o recebimento da documentação para fazer a análise da conclusão a que a polícia chegou e, então, fazer a nossa manifestação. Como ainda não fomos notificados, não tem como analisar”, disse. Os nomes dos médicos não foram divulgados.
Com informações ND Mais