Search
Close this search box.

Três empresas são interditadas por suspeita de fraude no leite

Notícia Hoje

Notícia Hoje

As informações mais atualizadas de Santa Catarina, do Brasil e do Mundo!

Compartilhe

Três empresas do RS foram interditadas por suspeita de fraude no leite. A operação Leite Compen$ado foi deflagrada pelo Ministério Público. Segundo as denúncias, as empresas recebiam leite e beneficiavam creme de leite a granel com acidez acima do padrão (processo de deterioração). Cinco pessoas foram presas.

Um dos principais alvos foi o Laticínios Rancho Belo Ltda, de Travesseiro, no Vale do Taquari. Além da própria marca, ela fabrica e envaza leite para a rede de supermercados Dia. As outras marcas impróprias para consumo são o queijo e creme de leite Bonilé, fabricado pelo Laticínios Modena, de Nova Araçá,  e o queijo Princesul, do Laticínios C&P, de Casca.

Segundo informações divulgadas pelo Mapa, as irregularidades praticadas pelas três empresas, interditadas nessa terça-feira, 14, foram comprovadas por meio de análises laboratoriais. Os resultados dos exames confirmaram as investigações feitas pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. Os fiscais federais agropecuários proibiram a comercialização de 9.100 quilos de creme de leite industrial.

Como funcionava a fraude

Na prática, os três laticínios recebem e repassam entre si leite cru, creme de leite e soro de creme fora dos padrões previstos pela legislação brasileira, segundo o MP. Muitas das cargas chegam a ser refugadas por outras empresas e acabam sendo comercializadas para estas indústrias.

Alguns elementos da investigação apontam que carregamentos de leite que só poderiam ter como destino a alimentação de animais, foram usados para a industrialização de produtos de consumo humano.

Em mais de dez Certificados Técnicos de Análise emitidos pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizados em leite cru, leite UHT e nata, foram detectados índices fora dos padrões.

Conforme as investigações, os sócios-proprietários das empresas ordenavam a adição desses produtos para corrigir a acidez e eliminar micro-organismos, com objetivo de “rejuvenescer” o produto já vencido, impróprio para o consumo.

No caso da água, ela era adicionada para que o creme de leite duro, já amanteigado, fosse novamente amolecido e misturado a outras cargas em condições melhores. Os laudos realizados pelas próprias empresas eram mascarados, para que tanto a fiscalização quanto os compradores não visualizassem os problemas, diz o MP.

 

Receba notícias, diariamente.

Salve nosso número e mande um OK.

Ao entrar você está ciente e de acordo com todos os termos de uso e privacidade do WhatsApp