Em mais uma rodada de audiências públicas de preparação das urnas eletrônicas para as eleições 2018, na manhã desta terça-feira, em São José, o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) testou os equipamentos com dois eleitores que relataram problemas na votação do primeiro turno.
Eles acompanharam o passo a passo do funcionamento dos aparelhos, desde a inserção da mídia até a impressão do boletim final, votaram e conferiram a apuração simulada.
Um deles foi Márcio Silveira Duarte, eleitor de Florianópolis, que teve dificuldades na votação para deputado estadual. Segundo ele, ao digitar o terceiro número, a tela pulava para o cargo seguinte, de senador. Márcio conta que tinha muitas dúvidas sobre a urna que foram sanadas na audiência desta terça.
— Eu tinha uma dúvida se era problema da urna o meu voto ou se foi eu que digitei muito rápido. E creio que eu digitei muio rápido, porque hoje eu também vim com essa mesma “pressa”. O teclado do computar que leva muito a gente a fazer isso, digita uma senha e em seguida o enter rápido, sem olhar a foto, o que aparece na tela. Foi muito importante (participar do teste). Já confiava na urna e continuo confiando — declarou.
Durante o processo, foram registrados dois problemas. Inicialmente o sistema de leitura da biometria demorou a identificar a digital de Márcio, mas em seguida ele melhorou o posicionamento do dedo e a questão foi resolvida. Depois, na impressão do resultado, o papel emperrou dentro da urna e o boletim saiu danificado. A bobina foi trocada e os dados, reimpressos. Conforme o TRE-SC, essas são situações comuns e que não comprometem a credibilidade do sistema.
A audiência contou com a presença do presidente do tribunal, desembargador Ricardo Roesler, que destacou que todas as mais de 700 reclamações durante o primeiro turno serão respondidas e reafirmou a segurança das urnas e lisura do processo eleitoral.
A imprensa e representantes das duas chapas que estão no segundo turno da eleição ao governo do Estado também participaram do encontro, em que foram demonstrados os sistemas de segurança e feita uma votação paralela para mostrar a confiabilidade do resultado eletrônico.
— Estamos concluindo mais uma etapa do trabalho de transparência nesse trabalho incansável, de audiências públicas, e hoje temos alguns representantes de partidos políticos verificando in loco toda a segurança que a urna eletrônica confere ao eleitor — afirmou Roesler.
Com informações Diário Catarinense