Poucos instantes depois de ser notificado sobre a decisão do Senado de dar seguimento ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente da República interino Michel Temer confirmou a nova equipe ministerial. Sem surpresas, o primeiro escalão do governo – por ora provisório – de Temer tem Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda, Ilan Goldfajn no Banco Central e Romero Jucá no Planejamento. Temer recebeu no Palácio do Jaburu, por volta das 12h15, a notificação de que Dilma foi afastada do cargo. A partir de então, o advogado constitucionalista assume de forma interina a Presidência da República.
Eliseu Padilha ocupará a Casa Civil; Alexandre de Moraes, a pasta da Justiça; e o senador tucano José Serra, uma versão turbinada do Ministério de Relações Exteriores.
Leonardo Picciani, que ao longo de todo o impeachment negociou votos favoráveis a Dilma Rousseff, foi agraciado com a pasta do Esporte às vésperas da Olimpíada. O também ex-ministro de Dilma Gilberto Kassab ocupará o Ministério de Comunicações, Ciência e Tecnologia. O deputado Bruno Araújo, que proferiu o voto que marcou a admissibilidade do impeachment da presidente afastada na Câmara dos Deputados, irá para as Cidades.
O deputado Maurício Quintella Lessa foi escolhido para a concentrada pasta de Transportes, Portos e Aviação Civil. Um dos principais nomes da oposição na Câmara, Mendonça Filho será o novo ministro da Educação e Cultura. O também deputado Ricardo Barros vai para a pasta da Saúde, enquanto o senador Blairo Maggi é o novo ministro da Agricultura.
O deputado Sarney Filho será o chefe do Meio Ambiente; Osmar Terra, do Desenvolvimento Social; e Henrique Eduardo Alves retoma a pasta do Turismo, que deixou após o PMDB decidir abandonar a base aliada do então governo Dilma. Geddel Vieira Lima será o chefe da Secretaria de Governo, Moreira Franco, da Secretaria de Concessões e Infraestrutura, e o pastor Marcos Pereira será ministro do Desenvolvimento e Indústria.