O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ofereceu denúncia contra oito pessoas pela morte de um policial militar em Tangará, em dezembro do ano passado. O Promotor de Justiça Lucas Broering Correa quer que seis homens e duas mulheres sejam julgados pelo crime de homicídio com quatro qualificadoras (motivo fútil, meio cruel, contra policial e mediante recurso que impossibilitou a defesa) pelo Tribunal do Júri. Dois homens e uma mulher também foram denunciados por resistirem à prisão e agredirem dois policiais. A Justiça já aceitou a denúncia e os suspeitos agora são réus em ação penal pública.
O crime aconteceu na noite de 3 de dezembro de 2022, em frente a uma boate localizada no Centro da cidade. Os réus envolveram-se em uma briga generalizada após serem expulsos do estabelecimento. A vítima estava de folga, mas identificou-se como policial militar para tentar acalmar os ânimos e acabou virando alvo.
Ele foi agredido com socos, chutes, pedras e garrafas de vidro em diversas partes do corpo, principalmente na cabeça. Os agressores tentaram tomar dele o revólver, e um projétil acabou atingindo sua perna esquerda, provocando uma grande perda de sangue. O policial foi levado às pressas para o Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba, a 40 quilômetros do local do crime. Chegou a receber atendimento, mas não resistiu e morreu, deixando uma filha de quatro anos.
“Esse crime não pode e não vai ficar impune. Acreditamos na Justiça e queremos que os responsáveis por essa barbárie sentem no banco dos réus e sejam julgados e condenados pela sociedade da Tangará, representada pelos jurados”, diz o Promotor de Justiça Lucas Broering Correa.
As câmeras de segurança flagraram toda a ação. Os réus contribuíram de diferentes formas para a consolidação do crime. Alguns deles seguraram a vítima enquanto outros desferiram os golpes, impediram que os seguranças se aproximassem do local e lutaram pela posse do revólver.
A Polícia Militar identificou os réus durante a madrugada, em diferentes pontos da cidade. Três deles tentaram resistir à prisão e entraram em luta corporal com os agentes de segurança. Os socos e chutes desferidos por um dos réus acabou provocando lesões corporais em dois policiais. Os oito denunciados estão presos preventivamente, à disposição da Justiça.