Suspeito é acusado de feminicídio e ocultação de cadáver; crime choca a comunidade de Caçador
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o homem de 24 anos suspeito de assassinar a advogada Karize Fagundes, de 33 anos, em Caçador. O crime, ocorrido em setembro deste ano, chocou a comunidade e mobilizou as forças policiais.
Conforme a denúncia, o acusado teria enforcado a advogada dentro de casa e, em seguida, levado o corpo até o Paraná, onde o descartou em uma área de mata na região de Palmas. Os restos mortais de Karize foram encontrados no início de novembro e a perícia confirmou a identidade da vítima.
Prisão e acusações
O suspeito foi preso preventivamente em Guaíra, no Paraná, logo após o desaparecimento da advogada. Ele está detido na Penitenciária de Guaíra e agora responderá por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
As qualificadoras do crime, segundo o MPSC, são:
- Feminicídio: O crime teria ocorrido em um contexto de violência doméstica e de gênero.
- Motivo torpe: O acusado teria cometido o crime por ciúmes e desconfiança da vítima.
- Asfixia: A vítima foi morta por enforcamento.
Impacto da lei
O crime aconteceu poucos dias antes da sanção da lei que torna o feminicídio um crime autônomo. Por isso, o acusado foi denunciado com base na legislação anterior, que considerava o feminicídio como uma qualificadora do homicídio.
Repercussão do caso
O caso da advogada Karize Fagundes gerou grande repercussão na comunidade de Caçador e em todo o estado de Santa Catarina. A morte violenta da jovem profissional chocou a todos e reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher.
O Promotor de Justiça Caio Rothsahl Botelho destacou a brutalidade do crime e a tentativa do acusado de ocultar o corpo. “As investigações evidenciam um homicídio brutal, além da tentativa de apagar vestígios e ocultar a verdade. Estamos comprometidos em buscar a justiça, pela vítima, por seus familiares e por toda a sociedade”, afirmou.