A adolescente suspeita de matar o próprio pai, o policial civil Neife Luiz Werlang, de 46 anos, pediu à Justiça para comparecer ao velório, ocorrido neste sábado (16) em São Miguel do Oeste, no Extremo-Oeste de Santa Catarina.
O juiz negou o pedido da suspeita, alegando que “o caso é de grande comoção social, devendo-se preservar, inclusive, a integridade física da adolescente”.
Na noite de sexta-feira (15), Werlang foi encontrado morto com três facadas no pescoço. Até o momento, as investigações apontam que a filha da vítima e uma amiga, duas adolescentes, são as principais suspeitas de cometer o crime.
O despacho do juiz considerou que é “difícil até achar palavras para negar pedido tão impróprio, numa hora igualmente tão imprópria”. O texto diz, ainda, que, “ao desferir as facadas como fez, ela já se despediu do pai”.
Estiveram no velório familiares, amigos e colegas de profissão de toda a região. O ato começou na igreja matriz e encerrou no Cemitério Municipal. Com sirenes e giroflex ligados, dezenas de viaturas da Polícia Civil formaram o cortejo até o cemitério.
Filha e amiga confessaram crime
O agente de 46 anos foi encontrado caído em um dos cômodos da casa onde morava, em São Miguel do Oeste.
A DIC (Divisão de Investigação Criminal), responsável pelo caso, informou que as duas adolescentes confessaram o planejamento e a execução do crime.
Elas foram apreendidas e, agora, estão sob custódia da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso). O Poder Judiciário irá assumir o caso.
Inspiração no caso Richthofen
O caso Richthofen, que voltou a ganhar notoriedade após o lançamento dos filmes que revelam detalhes do crime, teria sido inspiração para as duas amigas.
Isso porque, enquanto estava na delegacia, a adolescente teria questionado policiais se ficaria tão famosa quanto Suzane von Richthofen, conhecida por arquitetar a morte dos pais em 2002. Elas teriam revelado a testemunhas que se inspiraram na história da família.
Com informações – ND+