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STF julga nesta quarta-feira ação que pode anular sentenças da Lava-Jato

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O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve limitar, em julgamento marcado para esta quarta-feira (25), o alcance da decisão que levou a 2ª Turma da Corte a anular, pela primeira vez, uma sentença da Lava-Jato. Ministros ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo dizem que a tendência é de que a maioria do plenário mantenha o entendimento que acarretou na anulação da condenação imposta por Sérgio Moro a Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil. No entanto, a previsão é de que se estabeleça um parâmetro para evitar “efeito cascata”.

Segundo ala majoritária do STF, a concessão de decisões favoráveis só deve ocorrer no caso dos réus que reclamaram do rito processual desde a primeira instância. A ideia é evitar avalanche de pedidos à Corte após ser definida uma jurisprudência sobre o tema.

A controvérsia gira em torno das chamadas alegações finais — última fase de um processo antes da sentença, na qual as partes são chamadas a se manifestar. No caso de Bendine, a maioria dos ministros da 2ª Turma entendeu que o ex-presidente da Petrobras deveria, como requereu sua defesa ao então juiz Moro, ter apresentado suas alegações finais depois dos outros réus que eram delatores, para ter a oportunidade de se defender das acusações feitas por eles na etapa final da ação penal.

A decisão da 2ª Turma considerou que houve cerceamento da possibilidade de defesa e foi considerada uma das principais derrotas da Lava-Jato. Foi a primeira vez que a Corte anulou uma decisão de Moro.

O juiz, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, havia sentenciado Bendine, em março de 2018, a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Posteriormente, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve a condenação reduzindo a pena para sete anos e nove meses.

O caso gerou protestos da força-tarefa da operação, que teme que a medida leve a outras anulações. Uma decisão pela anulação pode beneficiar condenados como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

O episódio a ser discutido nesta quarta-feira trata de um pedido de habeas corpus feito pelo ex-gerente de Empreendimentos da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

O caso foi remetido ao plenário do STF pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato na Corte, que justificou a decisão em razão da segurança jurídica e da estabilidade das decisões do Supremo, uniformizando o entendimento das duas turmas existentes.

Com informações NSC

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