O apresentador Silvio Santos, que morreu aos 93 anos neste sábado (17), foi sepultado seguindo os ritos judaicos, conforme sua religião. O enterro acontecerá neste domingo (18) no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.
A família confirmou que, atendendo aos desejos do empresário, o sepultamento seguirá as tradições judaicas, sem a realização de velório, com o corpo sendo levado diretamente ao cemitério.
Desejo do apresentador Silvio Santos
Conforme comunicado pela família, o apresentador expressou o desejo de que seu sepultamento fosse realizado de maneira simples e conforme os costumes judaicos.
A família compartilhou uma carta durante a programação do SBT, na qual declarou:
“Ele pediu para que, assim que ele partisse, levássemos ele direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que ele viveu.”
Ritos funerários na tradição judaica
Os rituais funerários judaicos são caracterizados pela simplicidade e respeito, enfatizando a igualdade de todos perante a morte e evitando qualquer forma de ostentação ou idolatria.
Conforme a CIP (Congregação Israelita Paulista), o objetivo dos ritos funerários judaicos é “frisar a igualdade de todos os seres humanos em sua morada final”.
Portanto, os enterros são realizados sem enfeites, flores ou qualquer demonstração de ostentação. O caixão é simples, e o corpo é envolto em uma mortalha branca também simples.
Rapidez no sepultamento
No judaísmo, há a tradição de sepultar o falecido o mais rapidamente possível, preferencialmente no mesmo dia da morte. Essa prática é baseada na crença de que a alma só encontra descanso após o enterro do corpo.
No entanto, há exceções, como no Shabat, que ocorre do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado, período em que não se realizam sepultamentos.
Preparação do corpo
Assim que a morte é constatada, o corpo é coberto por um lençol, evitando sua exibição pública, o que é considerado um sinal de respeito ao falecido. Além disso, o corpo passa por um ritual de lavagem chamado “Tahará”, simbolizando a purificação e servindo como uma última homenagem.
Não culto aos mortos
A tradição judaica também não pratica o culto aos mortos. Os rabinos, ao longo da história, têm desencorajado práticas que possam levar à idolatria ou culto da personalidade.
Um exemplo simbólico disso é o desconhecimento do local de sepultamento de Moisés, para evitar que seu túmulo se tornasse um local de adoração.
Com informações ND Mais