O secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, recorreu neste domingo (23) às redes sociais para fazer um apelo. “Estamos hoje com mais de 67 mil casos ativos da Covid-19. Meu apelo é para reforço às medidas de proteção e prevenção da doença e principalmente evite aglomerações”, disse.
A publicação foi feita justo no dia em que o Estado registrou o maior número de infecções simultâneas até então, com 70,4 mil moradores em acompanhamento. O último mapa de risco, divulgado no sábado (22), mostra todas as regiões estão em nível gravíssimo (vermelho) para transmissão.
“Se mantidas as atuais taxas de transmissão, Santa Catarina poderá alcançar a marca de 80 mil casos novos até o final da próxima semana”, projeta a SES (Secretaria Estadual de Saúde). No mapa de risco da semana anterior, o Estado tinha 45,9 mil moradores infectados ao mesmo tempo – o aumento é de 41%.
Após flexibilizar o uso das máscaras de proteção em ambientes abertos no fim de novembro, a pasta voltou a recomendar o uso universal em todos os momentos de interação social, seja em ambientes internos e externos.
Antes do pico de casos registrados neste mês de janeiro, o recorde negativo pertencia ao dia 22 de março de 2021. Na época, 39 mil catarinenses estavam com Covid-19. Até o momento, não há comprometimento lotação nas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva).
“Além da presença da variante Ômicron, o cenário epidemiológico apontado nessas primeiras três semanas de 2022 pode ser considerado como resultado das aglomerações ocorridas durante o período de Natal e Réveillon, e do relaxamento das medidas de prevenção”, segundo a SES.
Risco gravíssimo para transmissibilidade
O mapa de risco deste sábado (22) mostra 13 regiões em risco alto (amarelo) e quatro moderado (azul). No aspecto gravidade da matriz, que considera mortes e internações graves provocadas pelo novo coronavírus, as regiões estao em amarelo e azul.
“Mesmo com o aumento vertiginoso no número de casos ativos, não houve impacto direto na internação e mortalidade por Covid-19”, avalia a pasta. Todo o Estado está em azul para o Monitoramento, referente à cobertura vacinal.
“Com essa cobertura (86,4% das pessoas com mais de 12 anos), observa-se que boa parte da população se encontra protegida contra formas graves da Covid-19, sendo possível superar tanto a onda de infecções provocadas pela variante Delta, durante o segundo semestre de 2021, quanto a onda de transmissão provocada pela variante Ômicron, a partir do início de 2022″, segundo a SES.
Algumas regiões pioraram no quesito capacidade de atenção: a região Meio Oeste passou para o nível alto (ocupação de 37%), a região Nordeste passou para o nível grave (41%) – a região do Oeste permanece nesta categoria, com 44% dos leitos ocupados.
“A análise desta semana demonstra a manutenção do crescimento de casos ativos, que reflete no aumento da procura por atendimento em centros de saúde, unidades de atenção primária e centros de triagem em diversos municípios”, informou a Saúde.
Com informações ND Mais