Santa Catarina teve 4.933 casos da Covid-19 nesta quarta-feira (25), chegando a um total de 337 mil confirmações desde o início da pandemia. No mesmo dia, o Estado também teve uma mudança drástica no mapa de risco.
Anteriormente, eram três regiões em Estado gravíssimo, o mais crítico na escala, ao passo que agora, são 13. A atualização também indica que três regiões estão em nível grave – marcadas com a cor laranja. O novo mapa, predominantemente vermelho, mostra nesta cor as regiões Extremo Oeste, Alto Uruguai Catarinense e Foz do Rio Itajaí.
Isso corresponde às expectativas, já que os últimos boletins epidemiológicos apresentaram muitos casos em 24 horas. “Com exceção de uma região, todas as demais estão em estado gravíssimo de transmissibilidade, o que significa que as pessoas estão circulando muito, não se cuidando no distanciamento”, afirma a superintendente da Vigilância em Saúde, Raquel Bittencourt.
“Todas as atividades que estão liberadas, estão liberadas com regras. É preciso que cada um de nós, como cidadão, respeitemos elas”, alerta.
Atualmente, o Estado soma 25 mil pacientes ativos da Covid-19, e já quebrou o recorde de casos confirmados em 24 horas três vezes consecutivas nos últimos dias, sendo que na sexta-feira (20) foi registrado o maior número até então, com 6,1 mil casos em um único dia.
Na última semana, foram 30.221 casos confirmados, ou seja, a média é de 4,3 mil casos a cada 24 horas. O número é relativamente alto, e figura como crítico, considerando que as altas estão sendo maiores do que nos meses de agosto e setembro, considerado um dos picos do vírus no Estado.
Além disso, as mortes já são 3.561, sendo que 31 foram incluídas nas últimas 24 horas. A taxa de letalidade, assim, fica em 1,06%, a menor do país. Também são 308 mil pacientes recuperados, cerca de 91% do total.
A concentração dos casos, atualmente, está na Capital catarinense, que tem 29,5 mil casos. Para alguns especialistas, Florianópolis já pode ser considerada o epicentro do vírus no Estado.
São mais de 29 mil casos confirmados na Capital, mas foram 217 mortes, menos do que Joinville, que soma 380 vítimas.
Através destes dados, a Prefeitura de Florianópolis considera que há um grande número de casos pois há uma testagem mais ampla, descolando a cidade de uma subnotificação maior.
Em sequência, em número de casos confirmados:
Joinville: 28.797
Blumenau: 19.214
São José: 16.443
Criciúma: 11.388
Palhoça: 11.348
Balneário Camboriú: 11.040
Itajaí: 10.746
Dez unidades não possuem leitos de UTI disponíveis
Com o novo panorama, as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) seguem com ocupação preocupante, com índices aumentando nas últimas semanas. Atualmente, 8,4 a cada 10 leitos do Estado estão ocupados. Ou seja, em um total de 1.404 leitos ativos são 1.185 ocupados, sendo 527 por pacientes da Covid-19 e 658 por pacientes com outras enfermidades.
Nesse contexto, são dez hospitais totalmente lotados, e mais oito que possuem leitos gerais, mas nenhum leito da Covid-19. Atualmente, as unidades que estão com todos os leitos de UTI ocupados são:
Hospital Bethesda, em Joinville
Hospital Bom Jesus, em Ituporanga
O Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus Passos, em Laguna
Hospital Maicé, em Caçador
Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages
Hospital Regional Helmuth Nass, em Biguaçu
Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê
Hospital Santa Isabel, em Blumenau
Hospital São Donato, em Içara
Maternidade Darcy Vargas, em Joinville
O último, que se trata de uma maternidade, sem leitos adultos, não possui pacientes do vírus, e o Regional Helmuth Nass, em Biguaçu, também, apesar de disponibilizar leitos adultos.
Ao todo, todos os dez hospitais ofertam 182 leitos, e estão com 83 pacientes da Covid-19 internados
Isolamento social abaixo da média durante terça
Refletindo a terça (24), foram 36,9% dos catarinenses em casa, número abaixo da média nacional, que é de 37,2%. Os dados são da plataforma In Loco, que mapeia 1,5 milhão de catarinenses via smartphone.
No ranking de Estados no quesito, Santa Catarina ocupa a 17ª posição, e quem lidera são os Estados do Amazonas (43%), Acre (42%) e Amapá (40%).
Vale ressaltar que as quebras de isolamento foram o principal motivo apontado por especialistas da saúde quando questionados sobre as maiores altas, que ocorreram alguns dias depois de feriados com praias lotadas.
Com informações ND Online