A manhã de quarta-feira (30) foi atribulada no Centro Administrativo e na Casa D’Agronômica, residência oficial do governador de SC.
Agentes da Polícia Federal permaneceram por cerca de três horas na residência em investigação que busca indícios de crimes relacionados à aquisição emergencial de 200 respiradores pulmonares pelo governo do Estado. A aquisição foi junto à empresa particular Veigamed, no valor antecipado de R$ 33 milhões.
Em coletiva de imprensa no final da manhã desta quarta-feira, o governador Carlos Moisés avaliou a ação como uma “busca e apreensão desnecessária e injustificada”.
Segundo ele, há dois meses o governo teria oferecido “muito mais” do que foi levado na operação desta quarta-feira, que apreendeu um computador e um celular de uso pessoal do governador.
“Na nossa avaliação não há nenhum fato novo que motive essa busca e apreensão. Continuamos acreditando na Justiça e à disposição dela para prestar qualquer outro esclarecimento necessário”, afirmou Carlos Moisés.
O governador disse ainda ter recebido a ordem judicial com tranquilidade. Ele ressaltou que os policiais federais foram liberados para acessar todos os ambientes da Casa D’Agronômica, documentos e equipamentos eletrônicos.
De acordo com o governador, os agentes “se deram por satisfeitos” levando apenas um computador e um smartphone de uso pessoal.
Compra dos respiradores
Carlos Moisés destacou que não participa de nenhum processo de compra do governo e que nunca teve contato com nenhum dos investigados. No caso de compras relacionadas à saúde, o governador explicou que quem determina o pagamento é o setor de compras.
“No meio de todo o processo, há alguém que certifica uma nota, alguém que libera o pagamento. Existem servidores públicos responsáveis por isso e eles devem ser ouvidos para que os fatos sejam esclarecidos”, disse Moisés.
Com informações ND Online