O ano de 2016 está sendo palco de três superluas, que ocorrem quando a Lua cheia coincide com o período de maior proximidade com a Terra, o chamado perigeu. Por isso ela aparecerá maior do que estamos acostumados. A primeira foi em 16 de outubro e a terceira será em 14 de dezembro.
Mas a segunda superlua, que acontece na noite desta segunda-feira (14), é especial porque será a maior dos últimos 68 anos. Isso porque o nosso satélite natural estará a apenas 356,5 mil quilômetros da Terra. A última vez que ele ficou mais perto do que isso foi em 1948, quando a distância do perigeu foi de 356,4 mil quilômetros.
Fotógrafos recomendam um equipamento profissional para registrar a superlua, como uma luneta e uma câmera com ajustes manuais e boa lente com zoom ótico. Mas se a única câmera disponível é a do seu smartphone, é possível fazer fotos com boa qualidade. Vai depender, claro, do modelo –a tendência é que quanto mais recente e caro o celular, melhor seja a câmera.
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Veja abaixo algumas dicas para tirar as melhores fotos possíveis com seu smartphone, explorando os recursos que ele oferece e contando com a ajuda de alguns acessórios.
Utilize todo o zoom da câmera
Todas as câmeras de celulares têm o recurso de zoom, que permite aproximar o objeto da foto. Na maioria dos casos, o zoom é acionado no app de câmera com o gesto de pinça entre os dedos indicador e polegar no meio da tela. Em alguns casos, é feito com o movimento de baixo para cima do dedo na lateral da tela. Se o seu objetivo é que apenas a Lua apareça na imagem, aponte para o céu e use o zoom até que apenas a Lua apareça no enquadramento.
Use a resolução máxima permitida
Dentro do aplicativo de câmera nos celulares Android, acesse as configurações. A forma com que você acessa varia conforme a marca: em muitos casos você deve “puxar” essa área com o dedo, com o movimento da esquerda ao centro da tela. Em uma delas constará a resolução de imagem. Escolha sempre o máximo permitido, para reduzir as chances da foto ficar “pixelada”, com áreas quadriculadas.
Coloque a câmera em um tripé ou apoio
Várias lojas de equipamentos para celulares vendem tripés adaptados para encaixar qualquer telefone. Isso é importante para que sua imagem não fique tremida –problema corriqueiro em fotos noturnas– se estiver usando apenas as mãos. Na falta de um tripé desses, você pode improvisar com um objeto de apoio, como encostar o celular em uma pilha de livros, ou você mesmo segurando o telefone com os cotovelos apoiados em uma mesa ou batente.
Use uma lente teleobjetiva
Nas mesmas lojas de equipamentos da dica anterior costumam ser vendidos kits de lentes externas para celulares. Eles ficam presos como um clipe na extremidade do aparelho, bem em cima da lente original da câmera. Se tiver tempo e dinheiro disponíveis antes da superlua começar, compre um kit ou apenas a lente teleobjetiva, específica para retratar objetos a longas distâncias.
Use o timer da câmera
Em relação à dica anterior, se você for usar um apoio externo, é preferível utilizar o recurso de timer da câmera, no qual você clica e espera alguns segundos para que a foto seja feita. A utilidade disso é impedir que mesmo o movimento mínimo do seu dedo tocando a tela mexa o celular e borre a foto.
Coloque um ISO baixo
Quando acontece a superlua, fica mais fácil de visualizar detalhes no relevo do satélite, como as suas famosas crateras. Porém, se você usar um ISO –medida de sensibilidade de luz para o “filme” digital– muito alto, a foto recebe mais luz e a superlua pode “estourar”, ficando como uma simples bola branca no céu. Procure no app da câmera se existe um modo manual, onde você pode calibrar o ISO –recomenda-se 50 ou 100. Se não, a câmera pode ter um modo automático para fotos noturnas, que na prática faz quase a mesma coisa.
Altere a velocidade
Novamente procure no app da câmera se é possível ajustar manualmente a velocidade do clique. Quanto mais alto, mais rápido o registro, e portanto, menos entrada de luz vai haver. Por exemplo, 1/500 significa um segundo dividido por 500. Faça várias tentativas com várias velocidades; uma sugestão é 1/100, que não é nem rápido nem lento demais.
Foque e fotometre na própria lua
Quem mexe com câmera de smartphone com frequência sabe que um bom modo de não ser “traído” pelo foco automático dela é tocar no ponto da tela onde o objeto principal está enquadrado. Pois bem: faça isso com a superlua, focando bem no centro dela. Isso também será útil para fotometrá-la, isto é, medir a luz dela para que o sensor ajuste a entrada de luz em função do satélite, e não de outros objetos do enquadramento.
Brinque com a composição
É recomendável tirar a foto da Lua não em um ponto muito alto do céu, porque ela ficará isolada no enquadramento. Além de ficar pouco criativo, você não terá ideia do tamanho dela. Por isso, tente fotografar a Lua quando ela estiver nascendo, em um ponto mais baixo, para colocar prédios e árvores no quadro e assim criar uma composição mais interessante.