Uma reunião entre técnicos de diferentes setores da saúde deve definir como será a vacinação de gestantes contra a Covid-19 em Santa Catarina. A imunização do grupo foi suspensa nesta terça-feira (11) após recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O encontro acontecerá nesta quarta-feira (12) a partir das 14h. Segundo a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), ao fim da discussão, os técnicos devem emitir uma nota técnica com as orientações para a vacinação deste grupo no Estado.
Atualmente, a situação da vacinação de grávidas em Santa Catarina está da seguinte forma:
- Suspensão temporária da vacinação de gestantes e puérperas sem comorbidades com qualquer imunizante;
- Vacinação de gestantes e puérperas com comorbidades apenas com as vacinas da Sinovac/Butantan e Pfizer.
A suspensão foi uma precaução da diretoria após a Anvisa recomendar a interrupção imediata do uso da vacina da Astrazeneca/Fiocruz em gestantes na segunda-feira (10). A orientação está em Nota Técnica emitida pela agência.
Segundo a Anvisa, a indicação é de que a bula da vacina da Astrazeneca seja seguida pelo PNI (Plano Nacional de Imunização). A recomendação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas contra Covid-19 em uso no país.
O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina da Astrazeneca não recomenda o uso da vacina por gestantes sem orientação médica.
Grávidas vacinadas devem passar por acompanhamento médico
Gestantes que tomaram a 1º dose da vacina Astrazeneca podem ficar tranquilas quanto ao possível risco de coagulações após os primeiros dias de vacinação, assegura Mário Júlio Franco, diretor científico da Sogisc (Associação de Obstetrícia e Ginecologia de Santa Catarina).
Se for confirmada a correlação entre o imunizante e o desenvolvimento de eventos trombogênicos, os casos podem ocorrer apenas durante os quatro primeiros dias após a vacinação.
“É um evento agudo, associado a entrada na circulação materna”, pontua o doutor.
Agora, quanto a aplicação da segunda dose, a orientação é avaliar caso a caso. Se for novamente liberado, as grávidas que tomaram a primeira dose devem discutir junto aos médicos se devem tomar o reforço vacinal, sugere Franco.
Com informações ND Mais