Retomada tímida
Os sinais são tímidos, mas importantes. Não é a luz no fim do túnel, mas uma luz no túnel escuro.
Na semana que passou, o PIB, o Produto Interno Bruto, subiu no primeiro trimestre de 2017. Foi a primeira vez nos últimos oito trimestres.
O 1% de crescimento tira o Brasil tecnicamente da recessão, dizem os economistas.
Mas ainda não dá para comemorar. O resultado não representa a retomada do crescimento sustentável do país, mas nos tira a corda do pescoço, pelo menos por enquanto.
O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos em valores monetários e é um importante indicador de quantificação da atividade econômica.
Agropecuária em alta
Mais uma vez o setor agropecuário é destaque na economia nacional. Foi o setor primário que puxou o resultado para cima.
A safra recorde representou um crescimento de 13,4%, a maior alta nos últimos 20 anos.
Pelos dados do IBGE, a soja, o milho, arroz e fumo representam 50% do PIB da agropecuária no país.
Santa Catarina destaca-se neste resultado, pois o Estado é o segundo maior produtor brasileiro de arroz e fumo.
Expectativa
O resultado é importante, mas traz outros alertas.
A indústria novamente ficou abaixo da média e o setor de serviços, que tem o maior impacto no PIB, está estagnado.
Isso que preocupa. Pois o impacto positivo da safra verificada no país neste começo de ano não deve ser repetido no segundo trimestre.
Para piorar, a retomada do crescimento fica ofuscada pela interminável crise política.
As indefinições são enormes, inibindo o consumo, freando a contratação de mão e obra e atravancando o investimento.
Infelizmente a nossa economia navega em mares turbulentos, provocados não por quem é sujeito da atividade produtiva e sim pela classe política.