Após se desfiliar do Republicanos na última semana, o senador Flávio Bolsonaro participou nesta segunda-feira, dia 31, de uma convenção do Patriota já como “líder do partido”. Em seu discurso, ele ainda sinalizou que o presidente Jair Bolsonaro deve se filiar à sigla para disputar as eleições de 2022. “Eu quero fazer esse convite a todos para juntos construirmos o maior partido do Brasil depois de 2022. Temos tudo para isso, basta deixar as vaidades de lado”, disse ele, acrescentando que “agora, com Jair Bolsonaro na presidência da República, eu não tenho dúvida que a gente possa construir um partido maior ainda que o PSL”.
O senador também disse se sentir como um fundador da sigla e revelou ter se arrependido de não ter se filiado antes – em 2018, ele disputou o Senado pelo PSL e depois foi para o Republicanos. Durante a convenção, Flávio deu voto positivo para aprovar o novo estatuto do Patriota que foi feito sob medida para abarcar as ideias bolsonaristas – nas palavras de Flávio, o “primeiro partido de direita do Brasil”.
Mal o senador chegou ao Patriota e ele já foi aclamado como “líder do partido no Senado” pelo presidente da agremiação, Adilson Barroso”. Em novembro de 2017, Barroso chegou a gravar um vídeo com Bolsonaro assinando a ficha de filiação à siglz. O então pré-candidato à Presidência, no entanto, mudou de ideia na última e decidiu fechar com o PSL, comandado pelo deputado Luciano Bivar. Na época, o então Partido Ecológico Nacional (PEN) passou a se chamar Patriota para agradar Bolsonaro e seus seguidores. O rompimento repentino e pouco explicado de Bolsonaro chegou a ser encarado como um gesto de traição por dirigentes da sigla que agora tentam atraí-lo para as suas fileiras.
Bolsonaro está sem partido desde novembro de 2019, quando rompeu com o PSL. Desde então, ele tentou fundar uma nova legenda, o Aliança pelo Brasil, projeto que naufragou antes mesmo de ser registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos últimos meses, ele intensificou a procura por uma agremiação tendo em vista a aproximação da eleição presidencial de 2022. Com a recusa de dirigentes de partidos grandes, como o PP e Republicanos, de entregar a estrutura partidária nas mãos do clã Bolsonaro, o presidente começou a bater na porta de siglas minúsculas, como o Brasil 35 (antigo, Partido da Mulher Brasileira), o PRTB, do falecido Levy Fidelix, e o Patriota.
Com informações Veja