A Polícia Civil de Chapecó esclareceu o caso da mulher baleada em via pública no dia 3 de junho deste ano, no centro da cidade, em uma coletiva na manhã desta quinta-feira.
Maria Aparecida Moraes de 48 anos, foi atingida na cabeça por um disparo de revolver. O suspeito, um homem paraguaio de 30 anos, foi preso logo em seguida, onde foram apreendidos com ele aparelhos celulares, dinheiro e uma identidade falsa.
Segundo o delegado Vagner Papini, a investigação apurou que autor mantinha contato com dois veículos que circulavam pela cidade naquele dia. Conforme o delegado, o homem foi contratado por Fabiano Aristides de 37 anos, que está foragido.
O paraguaio receberia R$ 35 mil pelo crime. A mulher estava sendo procurada pelo autor uma semana antes do crime. O paraguaio acompanhou a vítima até o local, onde simularia um roubo para parecer um latrocínio.
Envolvidos
Conforme a polícia, Fabiano era esposo de uma cartomante. A mulher que encomendou a morte da vítima era uma cliente da sua esposa e ex-mulher do atual companheiro da vítima.
O delegado Papini explicou que Fabiano chegou a ir até a delegacia com um advogado e mostrou intenção de firmar um acordo de colaboração. Após uma semana, ele fugiu. O advogado, porém, teve acesso aos autos do processo. A Polícia agora pede a colaboração da comunidade na localização do fugitivo.
A esposa de Fabiano, cartomante presa na tarde de quarta-feira, dia 25, foi encaminhada ao Presídio de Chapecó.
Mandante em liberdade
A mandante, ex-mulher do atual companheiro da vítima e cliente da cartomante, está em liberdade, pois segundo a Polícia Civil, colabora com a investigação tão logo foi identificada. O pedido de sua prisão preventiva ainda está sob análise.
Contratação pelo crime custaria mais de R$ 1 milhão
A Polícia Civil diz que a mandante contratou serviços dessa cartomante, pelos quais pagou R$ 20 mil, mas os resultados não foram efetivos. Ao reclamar, a cartomante pediu para ela (mandante) mais R$ 340 mil, que foi pago, com a finalidade que a vítima morresse. A cartomante contou com a ajuda do marido (foragido), que foi até o Paraguai e contratou o matador.
Após o crime, a cartomante procurou a mandante e disse que o “serviço não deu certo” e que precisava de outros R$ 800 mil para empreender fuga. Assim, a mandante assinou 16 cheques de R$ 50 mil cada e entregou.
Um desses cheques foi compensado e as outras 15 folhas foram sustadas, após todos serem descobertos e identificados, provavelmente por orientação da defesa.
O valor total envolvido chega a R$1,140 milhão sem contar o valor pago pelos serviços de simpatia e o valor pago ao matador. A mandante contou para a Polícia que foi ameaçada pela cartomante para pagar os R$ 800 mil, que se não pagasse, acabaria morrendo.
Com informações Oeste Mais