Na última sexta-feira (12), os professores aprovaram a paralisação para esta semana. Eles querem que o governo do Estado mantenha as aulas remotas no mesmo modelo de 2020, até que todos os catarinenses sejam vacinados.
Na tarde desta terça, estava agendada uma reunião com o secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro, mas o encontro foi cancelado pela Secretaria.
A pasta entendeu não haver uma reciprocidade por parte do Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina), que já teria decidido pela greve na última sexta-feira, antes mesmo da reunião.
O coordenador estadual do Sinte-SC, Luiz Carlos Vieira, disse que o Sindicato foi surpreendido com a decisão do secretário cancelar a reunião, só porque teria sido notificado da aprovação da greve. “Ele alegou que não tinha mais motivo para negociar com o Sinte”, afirmou.
Vieira frisou que a audiência que ocorreria nesta terça-feira, foi agendada na semana passada e trataria de outros assuntos pendentes com a SED, como a prorrogação de contrato e novas chamadas dos ACTs (Admissão de professores em Caráter Temporário), o calendário de retorno das aulas definido pela Secretaria e reajuste do Piso Nacional do Magistério.
“A greve está bem clara. É uma greve sanitária, é uma greve pela vida. Queremos que o governo do Estado reveja essa decisão de retorno as aulas. Que continue o trabalho remoto como no ano passado”, disse Vieira.
Na assembleia dos professores marcada para as 19 horas desta terça-feira, será reavaliada se manterá ou suspenderá a greve para o dia 18, no entanto a expectativa é do início da paralisação nesta quinta-feira. A rede estadual de ensino possui 44 mil trabalhadores efetivos.
SED diz que faltou reciprocidade
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Estado da Educação (SED) informou que foi surpreendida na manhã desta terça-feira, 16, com um ofício enviado pelo Sinte-SC notificando a deflagração da greve a partir do dia 18 de fevereiro.
A SED disse que aguardava os representantes do Sinte para apresentar o andamento das ações de retomada das aulas, construídas de forma democrática em três modelos – 100% presencial, misto e 100% remoto – com o objetivo de respeitar os profissionais do grupo de risco e incluir as especificidades de cada escola.
“Sem a reciprocidade do diálogo, a SED optou por cancelar a reunião por entender que uma greve neste momento é um movimento radical por parte do Sinte e uma decisão que não será aceita pela sociedade, que espera ter a opção de levar os filhos para a escola de forma segura, conforme está sendo planejado há meses pelo Governo do Estado”, salientou.
A SED afirmou que manterá o início do ano letivo para o próximo dia 18 de fevereiro, seguindo nos três modelos para atender todos os alunos. A Secretaria disse ainda que se mobilizará para acionar a Justiça e adotar as medidas cabíveis.
Com informações ND Mais