Um professor da Escola de Música, de 53 anos, foi detido, nesta sexta-feira (15/3), após entrar armado com uma faca e uma besta (arma que lança dardos) no prédio da Secretaria de Educação do Distrito Federal e pedir para falar com o responsável pela pasta, Rafael Parente.
A segurança do órgão agiu e o deteve já na antessala do gabinete do secretário, no 12º andar, acionando em seguida a Polícia Militar, que o levou algemado para a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). O prédio onde funciona a secretaria, no Setor Bancário Norte, foi isolado.
Segundo o sargento Ado, que atendeu a ocorrência, quando o professor chegou à antessala do secretário, a segurança estranhou e o deteve, fazendo com que ele se sentasse. Enquanto alguns agentes tentavam acalmá-lo, o chefe da segurança acionou a Polícia Militar.
Faca e besta na mochila
Ao chegar ao local, o sargento e o soldado Gouvea Pereira encontraram o homem sentado e aparentando estar muito nervoso. Quando os PMs o abordaram e pediram para ver o conteúdo da mochila, o professor tentou resistir e acabou contido. Na mochila, foram encontrados dardos, a besta (arma também utilizada no ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano) e uma faca Imbel.
Ainda de acordo com o sargento, o professor afirmou que queria falar com o secretário. “Ele disse que a Escola de Música estava acabada e que ele queria falar com o secretário e mostrar o que ele havia levado para lá”, contou o sargento Ado. O professor também disse aos PMs que está afastado por questões psicológicas. Essa informação, no entanto, não foi confirmada pelo GDF. Uma ambulância foi deslocada até a 5ª DP, para onde o professor foi conduzido.
Ao Correio, funcionários da secretaria disseram que o professor costuma ir com frequência ao órgão e faz uma série de reclamações. “Ele fica dizendo que a Escola de Música vai acabar e pede para falar com o secretario”, contou um servidor que não quis se identificar. Desta vez, no entanto, disse o funcionário, o professor entrou direto, conseguindo chegar até o gabinete de Parente.
Professor afastado
O incidente foi confirmado por Rafael Parente por meio do Twitter. Em uma segunda mensagem, também na rede social, o secretário informou que o professor foi afastado por determinação do governador em exercício, Paco Britto, que determinou ainda a abertura de um processo administrativo.
Um pouco mais tarde, o sercetário adjunto de Educação, Mauro Oliveira, disse à imprensa que a preocupação no momento é prestar assistência ao servidor e que a família foi acionada para ir à delegacia. Oliveira considerou o episódio um “caso pontual” e evitou fazer qualquer relação com o ataque em Suzano. “Os eventos dos últimos dias fazem com que as coisas fiquem um pouco mais tensas”, admitiu, entretanto.
Com informações Correio Braziliense