Um professor foi preso suspeito de estuprar crianças em uma escola de Cocal do Sul, no Sul catarinense, na sexta-feira (26). Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, imagens de câmeras de monitoramento mostram o homem entrando na biblioteca com alunas. As vítimas teriam entre 8 e 9 anos.
A audiência de custódia está marcada para este sábado (27). Como casos teriam ocorrido ainda na sexta-feira, ele foi preso em flagrante. O suspeito afirmou que fazia uma “brincadeira com pirulitos”.
O crime ganhou repercussão quando a Polícia Militar de Cocal do Sul foi acionada por uma mãe, alegando que a filha contou, ao chegar da escola, que foi abusada pelo professor. Após a polícia sair em busca do suspeito, outra mulher chegou à delegacia contando uma história semelhante. Outras duas famílias foram ao local em seguida.
De acordo com o delegado Gabriel Luiz Marcondes, que fez a prisão em flagrante, uma criança relatou que abusos teriam ocorrido também em 2021. Um outro caso foi descartado.
Em um áudio compartilhado pelo professor em aplicativo de mensagens, e que foi divulgado pela Polícia Civil, ele se defendeu e disse que o caso era, na verdade, uma “brincadeira com pirulitos”.
“Eu vendei os olhos dela e disse: ‘tu vais ter que adivinhar o sabor’. Só isso. Fiz a brincadeira, mas ela foi morder e quase quebrou o dente”, disse.
O delegado de Cocal do Sul Márcio Campo Neves, que assumiu o caso neste sábado, disse que imagens de câmera de segurança vão ajudar nas investigações. Registros mostram o professor entrando na biblioteca com alunas. A polícia, no entanto, não detalhou quantas pessoas estão nesse vídeo.
Neves informou que novas testemunhas serão ouvidas na segunda-feira (29). A polícia também vai apurar se existem outras denúncias contra o professor. As vítimas serão encaminhadas para atendimento psicológico.
O professor passou por exame de corpo de delito antes de ser encaminhado ao presídio. As duas meninas também foram examinadas.
Prefeitura se manifesta
Em nota, a prefeitura de Cocal do Sul afirmou que recebeu com “grande indignação” a informação e disse que a “Secretaria de Educação se solidariza com as alunas e familiares”.
“A Justiça será feita pelo poder judiciário, e nós tomaremos todas as medidas cabíveis na via administrativa, e colaboraremos com as autoridades de forma veemente”.
Com informações G1SC