A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) confirmou nesta terça-feira, dia 6, o primeiro óbito por febre amarela em Santa Catarina neste ano. O homem, de 34 anos, era morador de Águas Mornas, na Grande Florianópolis. O paciente não tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).
Ainda conforme informações da Dive/SC, outros três casos humanos de febre amarela já foram confirmados no estado em 2021. O primeiro caso, registrado em janeiro, foi de uma moradora de Taió, região do Alto Vale do Itajaí, de 40 anos. O segundo foi confirmado em março, sendo de um homem, de 62 anos, morador de Águas Mornas, na Grande Florianópolis. O terceiro, de um homem de 46 anos, morador do município de Anitápolis, também na Grande Florianópolis.
A Dive/SC ainda aguarda o resultado dos exames laboratoriais de outros casos suspeitos, notificados pelos municípios de Lages e de São Bonifácio.
Com relação às epizootias (morte ou adoecimento de macacos), o estado já recebeu a notificação de 430 primatas não humanos mortos ou doentes, sendo que em 111 ocorreu a confirmação para a febre amarela. Outras 33 epizootias continuam em investigação para determinar a causa do óbito.
Por conta do cenário atual de Santa Catarina, a Dive/SC reforça a importância da vacinação contra a febre amarela, a melhor forma de prevenir a doença.
“Todos os moradores de SC com mais de nove meses devem ser imunizados. As equipes dos municípios com o registro de epizootias precisam realizar a busca ativa de pessoas não vacinadas, especialmente nas áreas rurais ou silvestres. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde”, afirma Ariele Schiessl Fialho, gerente de imunização da Diretoria.
O que é a Febre Amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda. Em ambiente silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus. No ciclo urbano, o vírus é transmitido ao homem pelo mosquito Aedes aegypti. O Brasil não registrava febre amarela urbana desde 1942.
Os macacos, que vivem no mesmo ambiente silvestre que os mosquitos, são as primeiras vítimas da doença.
“E é por esse motivo que é importante que a população comunique a Secretaria Municipal de Saúde ao encontrar um macaco morto ou doente. Isso nos ajuda a acompanhar a circulação do vírus pelo estado”, explica Renata Gatti, bióloga e coordenadora do Programa de Vigilância da Febre Amarela em SC.
Os principais sintomas da doença são: início abrupto de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fraqueza e cansaço, dor abdominal e icterícia (pele amarelada).
“Ao apresentar algum sinal ou sintoma, é importante procurar atendimento médico imediatamente. É importante também relatar no atendimento se é morador de borda de mata ou se realizou alguma atividade em matas nos últimos dias e se não tem a dose da vacina”, alerta João Fuck, diretor da DIVE/SC.