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Presidente do Peru anuncia dissolução do Congresso e estado de exceção

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O presidente do Peru, Pedro Castillo, declarou, nesta quarta-feira (7/12), que vai dissolver o Parlamento do país e convocar novas eleições. O chefe de Estado, que sofre um processo de impeachment, também declarou estado de emergência no território peruano e impôs toque de recolher em todo o país.

O pronunciamento do presidente, em televisão aberta, ocorreu horas antes da sessão na qual o pedido de destituição mais recente seria votado, primeira etapa de um novo processo formal para retirá-lo do governo.

No discurso, o presidente anunciou que vai instaurar um governo de emergência excepcional, convocar novas eleições para o Congresso e elaborar outra Constituição em até nove meses.

“Os meus adversários políticos mais extremos, em um ato inédito, se unem com o único propósito de tomar o poder sem terem ganhado anteriormente uma eleição. Essa situação intolerável não pode continuar. Por isso, atentos às reclamações dos cidadãos, tomamos a decisão de estabelecer um governo de exceção, orientado para restabelecer o estado de direito e a democracia”, afirmou.

Também ficou estabelecido toque de recolher entre as 22h e as 4h, no horário local, e a obrigatoriedade de devolução de armas ilegais, sob pena de prisão.

Crise política

A determinação do presidente ocorre após um período mergulhado em uma profunda crise política no país. Na semana passada, o Congresso peruano aprovou a abertura de um processo de impeachment contra o chefe de Estado, acusado pela oposição de “incapacidade moral de permanecer no cargo”.

Esta é a terceira tentativa formal de retirar o líder de esquerda do poder, desde que ele assumiu o cargo, em 2021. A escalada de tensão foi agravada depois que os parlamentares começaram a avaliar uma denúncia do Ministério Público do país contra Castillo, por suspeita de corrupção. A promotoria do país pede que ele seja afastado temporariamente do cargo.

O novo pedido de impeachment coloca em lados opostos o Executivo, de esquerda, e o Legislativo, controlado pela direita. Em outubro, Castillo denunciou “um golpe parlamentar em marcha” e pediu a intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Com informações Metrópoles 

 

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