Laudo aponta traumatismo e não engasgo como causa da morte do menino de 2 anos
A morte de Gael Estevan Caldeira Machado, ocorrida no dia 14 de maio, em um primeiro momento atribuída a um engasgo, ganhou contornos mais complexos com a conclusão do inquérito policial. A mãe e o padrasto do menino foram indiciados por homicídio culposo, ou seja, sem a intenção de matar, mas por negligência.
A investigação, liderada pelo delegado Marcos Okuma da DPCAMI, revelou que Gael apresentava um quadro de anemia severa, resultado de um traumatismo e não de má nutrição, como inicialmente se suspeitou. O laudo pericial apontou que a causa da morte foi um traumatismo toracoabdominal, possivelmente causado por manobras de desobstrução das vias aéreas realizadas de forma inadequada.
Na época do ocorrido, a mãe e o padrasto levaram Gael à UBS, alegando que o menino havia engasgado. No entanto, as investigações indicaram que a criança sofria de negligência nos cuidados diários, o que contribuiu para o fatal desfecho.
O delegado Marcos Okuma ressaltou que, embora não tenham sido encontrados indícios de maus-tratos por parte da mãe, a negligência nos cuidados com a criança configura um crime. O inquérito policial já foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina, que irá analisar o caso e tomar as medidas cabíveis.
A morte de Gael gerou comoção na comunidade e reacendeu o debate sobre a importância de proteger as crianças de qualquer tipo de violência, inclusive a negligência. O caso serve como alerta para a necessidade de que os pais e responsáveis busquem ajuda especializada quando percebem qualquer sinal de que a saúde de uma criança está comprometida.