O decreto do Governo de SC, que mantém apenas os comércios de primeira necessidade abertos, como mercados e farmácias, abrindo exceção para peixarias, frutolândias, padarias e lojas de materiais para construção que fornecem produtos para obras públicas, está deixando outras pessoas passando sérias dificuldades de coisas básicas, como comida. Isso porquê muitos autônomos que ficam nos bairros estão sem renda alguma para passar este período de isolamento social.
Por não ter outra fonte de renda, as pessoas estão sem dinheiro para comprar comida e isso está as obrigando a retomar suas atividades, mesmo que isso vá contra a determinação do governo. Nestes casos, infringir a determinação não é por ser contra a medida, mas sim por extrema necessidade. E a pior parte é a falta de comida para os filhos.
Um trabalhador autônomo, que entrou em contato com o Notícia Hoje e preferiu não se identificar, afirmou que está atendendo de forma escondida porque a comida acabou. Para sustentar a família, inclusive, ele começou a vender pertences pessoais.
“Se a situação não normalizar logo, não tenho mais como conseguir comida para meus filhos“, relatou.
Bancos e lotéricas abertas
Esta situação contrasta com a abertura de bancos e lotéricas e o acúmulo de pessoas em frente a estas instituições.
O comércio, serviços e autônomos estão proibidos de trabalhar pelo menos até o dia 8 de abril, de acordo com o decreto 525, do Governo do Estado.
