Um adolescente de Erval Velho foi o primeiro caso do jogo da Baleia Azul registrado pela polícia na região. O caso foi atendido pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, mulher e ao Idoso (Dpcami) de Joaçaba. Após os encaminhamentos iniciais, o caso foi repassado à delegacia de Herval d´Oeste, que está investigando.
Segundo o delegado Eduardo Borges, da Dpcami, o adolescente não chegou a cometer automutilação e antes que algo mais grave acontecesse avisou o pai, que procurou a polícia.
Por meio de nota, o delegado Eduardo Borges enviou um relato do que foi apurado neste primeiro contato com o adolescente e orientou os pais quanto aos cuidados e como perceber se o filho ou filha estão envolvidos no jogo. Confira:
O jogo compreende uma série de desafios, os quais são indicados para cada participante, ou seja, embora haja uma linha geral, os desafios são adaptados. Cria-se um vínculo entre o curador e o participante.
Alguns desafios levam o participante a se isolar socialmente, como, por exemplo, de permanecer calado, de fazer inimizades ou provocar brigas. O participante também é levado a assistir filmes e ouvir músicas como forma de auxiliar o isolamento e a inclusão dele no ambiente de jogo. Não existe, aparentemente, uma lista de filmes e músicas definidos.
Entre outros desafios, o participante é lavado a se colocar em situações perigosas, como subir no telhado da residência ou em pontes.
O fato do jogo ser adaptado ao participante é algo que dificulta a caracterização dele, porém, facilita a vinculação entre o curador e uma possível vítima, pois, comprova o vínculo entre a conduta e o resultado (condição para a punição penal).
É importante que os pais prestem atenção nos adolescentes e sanem dúvidas e a curiosidade deles, a qual é uma grande motivadora na inclusão do adolescente no jogo.
Com informações de Éder Luiz