A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou sete pessoas pela decapitação de um adolescente de 16 anos em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Do total de indiciados, seis estão presos e um é procurado pelos policiais, informou o delegado Dirceu Augusto Silveira Júnior, da Delegacia de Homicídios da cidade. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na sexta-feira (20).
A cabeça do adolescente foi encontrada no dia 2 de fevereiro dentro de uma sacola em uma esquina do bairro Jardim Paraíso. Em 10 de maio, a polícia encontrou o local onde a vítima foi decapitada. Um vídeo que mostra o homicídio do adolescente foi fundamental para a identificação do local, de acordo com o delegado Wanderson Alves Joana. A gravação feita pelos criminosos foi parar nas redes sociais e acabou anexada ao inquérito policial.
Os sete foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, segundo o delegado Dirceu Augusto Silveira Júnior. O corpo do adolescente não havia sido encontrado até a tarde desta segunda (23).
O suspeito que está foragido tem 28 anos. A prisão mais recente do caso ocorreu no último dia 4. Um dos suspeitos, um jovem de 19 anos, foi preso pela decapitação no dia 5 de abril. Os outros quatro já estavam no sistema prisional por outros crimes, mas foram identificados pela polícia como envolvidos na decapitação.
Quando a polícia foi até o local do crime, foi encontrado um machado, que teria sido usado na decapitação, e um lençol, usado para amarrar a vítima. O único laudo que a investigação ainda aguarda é da perícia no machado. O resultado será, posteriormente, anexado ao inquérito.
Suspeitos usaram ‘iscas’
O delegado Wanderson Alves deu detalhes sobre morte do adolescente. No dia do crime, os suspeitos sequestraram por um dia duas pessoas que serviram como “isca” para atrair a vítima. O delegado não revelou que relação essas pessoas tinham com o adolescente.
As “iscas” foram levadas para o bairro Ulisses Guimarães, na zona Sul de Joinville. Lá, em uma casa abandonada, a vítima foi morta, provavelmente na madrugada de 1º de fevereiro. O laudo cadavérico indicou que o adolescente foi torturado antes de morrer e que foi agredido depois da morte.
No dia 2 de fevereiro, os criminosos abandonaram a cabeça do adolescente no bairro Jardim Paraíso, na zona Norte de Joinville.
Segundo o delegado, duas organizações criminosas disputam os pontos de tráfico na cidade, uma na zona Sul e outra na Norte. Por isso, o grupo levou a cabeça para a área da organização criminal rival, como uma demonstração de força no “território inimigo”.
Fonte: G1