A Polícia Civil realizou na tarde desta terça-feira, 3, a reconstituição do crime de esquartejamento em Caçador. A simulação trata da morte de Lucas Pereira, 22 anos, morto na madrugada do dia 22 de abril. Ele foi considerado desaparecido por dias, até o corpo ser encontrado na tarde de sábado.
O principal suspeito do crime, Fábio da Silva, de 22 anos, não participou da reconstituição que durou cerca de uma hora e meia. Os fatos foram reproduzidos com base na versão de uma testemunha do crime.
A vítima tinha membros esquartejados e estava parcialmente enterrada em uma área de matagal afastada do centro de Caçador, no Meio-Oeste do Estado. A reprodução simulada realizada nesta terça levou em consideração os fatos narrados pela testemunha e não contou com a presença do suspeito.
Segundo a testemunha, Fábio teria parado o carro em frente à estação experimental da Epagri, quando havia mais pessoas reunidas para beber. Ela também contou que Fábio teria levado Lucas de carona em seguida, numa estrada de chão com pouco movimento, durante a madrugada.
Lá, a testemunha viu Lucas ser enforcado e logo depois viu o corpo jogado no matagal. Lucas estava bêbado e por isso não conseguiu se defender. O esquartejamento e a ocultação do corpo, no entanto, só teriam ocorrido na noite seguinte.
No celular de Fábio existem vídeos de outros dois assassinatos, o que levanta a suspeita de ser um serial killer, incluindo a morte do próprio pai em 2013.
Testemunhas garantiram em depoimento que, pelo menos em um deles, Fábio aparece nas imagens e chega a falar para a câmera enquanto esquarteja um cadáver.
O celular do suspeito foi apreendido e passa por perícia. Fábio está detido no Presídio Regional de Caçador.
