A Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Caçador, prendeu preventivamente A.R. (38 anos) anos e L.G. (22 anos), suspeitos do homicídio de Gustavo Manoel de Oliveira Machado, de 15 anos, ocorrido em 5 de fevereiro.
A operação se iniciou na madrugada de sexta-feira e se alongou por 24 horas de diligências ininterruptas até a entrega dos presos no Presídio Regional de Caçador.
A DIC, com apoio de policiais civis da Delegacia do Município de Calmon e da Delegacia da Comarca de Caçador, cumpriram dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária.
Após interrogatório, oitivas de testemunhas, entre outros atos investigatórios que vinham sendo realizados desde 5 de fevereiro, A.R. confessou que, junto de L.G., atraiu Gustavo até o local em que foi encontrado seu corpo, nas margens de uma estrada secundária de terra, no bairro Aeroporto, nas proximidades da empresa Guararapes.
No local, que não é habitado, L.G. teria golpeado Gustavo com uma toifa de madeira, de aproximadamente 50 centímetros, causando traumatismo cranioencefálico, causa da morte. Segundo A.R., quando ele e L.G. deixaram o local, Gustavo ainda estaria vivo, vindo a morrer posteriormente em razão dos ferimentos, até porque abandonado bastante machucado na beira da estrada.
A.R. disse ao delegado que a intenção era aplicar uma lição em Gustavo, que teria, segundo ele, furtado R$ 250,00 de sua casa uma semana antes. Alegou, assim, que não tinha intenção de matá-lo.
L.R. ficou em silêncio em seu interrogatório.
Apesar da alegação, os suspeitos foram indiciados pelo delegado de polícia pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil (em razão de um suposto furto de R$ 250,00) e pela dissimulação, crime considerado hediondo.
De acordo com o delegado Fernando Guzzi, ainda que os indiciados não tivessem a intenção inicial de matar a vítima, por deixarem-no severamente machucado em local ermo após as agressões, os investigados assumiram o risco da morte de Gustavo, causada por eles.
Um terceiro investigado, preso temporariamente durante a sexta-feira, foi interrogado e liberado na madrugada de sábado, por ter se comprovado que não teve qualquer participação no crime.
Com a solução deste caso, a Polícia Civil de Caçador tem um índice de 100% de resolução de homicídios em 2018. Ao total foram 4 homicídios, todos solucionados e com todos os indiciados presos.