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Polícia Civil deflagra operação Falsário no Oeste de SC

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A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de São Miguel do Oeste, deflagrou uma operação denominada Falsário. Na quinta-feira, 16, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária, sete mandados de busca e apreensão e uma condução coercitiva, após uma investigação que durou 60 dias.

A polícia investigava uma associação criminosa, responsável pela comercialização e distribuição de documentos públicos falsos como (cheques, Carteira Nacional de Habilitação e documento de veículo).

Uma mulher de 46 anos foi presa, acusada de ser a centralizadora dos pedidos e negociava com o falsificador, residente no Paraná. Dois homens, também foram presos pelos crimes de porte ilegal de arma e munição de uso restrito. Foram apreendidas três armas de fogo (um revólver calibre 357 e munições, também munições calibre 9mm, um revólver calibre 32 e uma espingarda calibre 36, com munições.

Também foram apreendidas 14 cártulas bancárias da Caixa Econômica Federal, todas em branco e com dados dos correntistas inconsistentes, ou seja, os cheques jamais seriam compensados. Na residência da mulher foi encontrado um Certificado de Registro Veicular falsificado (recibo de transferência) e valor considerável em dinheiro. Na residência dos dois acusados foram encontrados dezenas de cheques já preenchidos, contratos de financiamentos e celulares.

De acordo com o Delegado Cléverson Luis Müller, os criminosos chegaram ao ponto de escolher a instituição bancária e a cidade impressa nos cheques, enquanto com as CNHs, escolhiam a categoria. “Após depósito bancário, os documentos eram remetidos para o endereço da mulher residente em São Miguel do Oeste que, por sua vez, vendia cada folha de cheque a R$ 100, cada Carteira Nacional de Habilitação a R$ 3 mil e os documentos de veículos (CRV) com valor aproximado de R$ 250”, explica.

Segundo o Delegado, por Ordem Judicial os presos tiveram suas contas bancárias bloqueadas, os veículos utilizados e de propriedade foram identificados e terá restrição para comercialização, o que também aconteceu com bens imóveis. “As investigações prosseguem no sentido de identificar e localizar outros cheques falsificados distribuídos pelos criminosos, sendo que muitos podem estar “pós-datados” e as vítimas ainda não se deram conta do prejuízo”, afirma.

O delegado disse ainda, com as anotações apreendidas na operação, a Polícia Civil buscará identificar os beneficiários das CNHs falsificadas, sendo que, caso não se apresente, espontaneamente, com o documento, poderão ter suas prisões decretadas por participação na falsificação ou mesmo pelo uso do documento falso. “Orientamos que as pessoas já lesadas por cheques falsos/clonados, ou que tenham cheques duvidosos, que compareçam na Delegacia de Polícia da sua cidade para registro de ocorrência, pois os policiais civis possuem os dados das pessoas presas e podem informar se realmente os cheques foram distribuídos pela associação criminosa”, concluiu.

Participaram da operação cerca de 40 policiais civis de toda a região.

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