No dia 5 de outubro, nas proximidades da escola Maria Luíza Barbosa, no bairro Martello, Lucas Fermino, 16 anos, foi agredido por sete jovens em frente à sua casa e na presença de sua mãe. Na ocasião, após as agressões, quando a vítima estava no chão, R.D.R.M., 19 anos, golpeou sua cabeça por duas vezes com uma pedra medindo 20x30x30cm. Os golpes causaram traumatismo cranioencefálico, estando a vítima em estado comatoso desde os fatos, com reduzida possibilidade de plena recuperação.
Segundo apurado, Lucas havia se envolvido em briga no Posto Dudo, minutos antes, ocasião em que golpeou com uma faca o também adolescente P.R.S., 16 anos. Este foi hospitalizado e, após alguns dias no CTI do Hospitla Maicè, recebeu alta. Segundo as imagens recuperadas pela Polícia Civil, Lucas desferiu o golpe de faca em resposta a investida de P.R.S., que tentou lhe aplicar um golpe conhecido como “gravata”.
Em represália ao golpe de faca proferido em P.R.S., e também em razão de desavenças anteriores, os jovens dirigiram-se até a residência de Lucas, onde não o localizaram. Ao saírem do local, avistaram-no na rua e iniciaram as agressões. Tanto os chutes como os golpes com a pedra foram presenciados pela mãe de Lucas.
Ainda na manhã de 5 de outubro, foi preso em flagrante pela Polícia Civil A.A.R., 18 anos, em sua residência, próxima ao local dos fatos. Após investigações, apurou-se a presença dos outros seis jovens, tendo o Ministério Público de Caçador requerido a prisão preventiva dos maiores envolvidos. Com o encaminhamento dos mandados à Polícia Civil, dois deles foram cumpridos nesta tarde, sendo de R.D.R.M., autor dos golpes de pedra, de A.A.R., e de Y.W., 19 anos, presente na cena.
Encontram-se foragidos dois investigados, com a Polícia em diligências para sua captura.
Os investigados foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio doloso qualificado tentado (hediondo) e corrupção de menores (prática de crime na presença/em concurso com dois adolescentes).
Os dois adolescentes envolvidos foram apresentados à Vara da Infância e Juventude e deverão responder por atos infracionais, sendo cabíveis as medidas socioeducativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, inclusive de internação.