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PF identificou depósitos em dinheiro vivo de Cid para Michelle Bolsonaro

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A investigação da Polícia Federal sobre a suspeita de um esquema de desvio de recursos e rachadinha no Palácio do Planalto sob a gestão de Jair Bolsonaro identificou a realização de depósitos em dinheiro vivo para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Esses repasses eram operacionalizados, de acordo com a PF, pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, preso no último dia 3 de maio por suspeita de articular um esquema de fraude em certificados de vacinação.

A defesa de Jair e Michelle Bolsonaro negou irregularidades e afirmou, em nota, que tem “absoluta convicção que todos os pagamentos referentes ao dia a dia da família eram feitos com recursos próprios (leia abaixo).

 

Boletos do irmão

A hipótese de desvios de recursos da Presidência foi reforçada, na avaliação da PF, com a identificação de pagamentos de boletos para um irmão da ex-primeira-dama.

Em 1º de setembro de 2021, uma das assessoras de Michelle envia a Mauro Cid um boleto do plano de saúde do irmão da ex-primeira-dama. Neste primeiro caso, o ajudante de ordens realizou o pagamento com recursos da conta bancária de Jair Bolsonaro.

No fim daquele mesmo mês, entretanto, a assessora de Michelle novamente pediu o pagamento do boleto do plano de saúde do irmão dela, mas desta vez Cid respondeu com irritação e disse que aquela despesa não poderia ser feita pela Ajudância de Ordens. A mensagem de áudio foi interceptada pela PF:

Não tem como mandar esse tipo de boleto. (…) Quando for assim, me manda só o pedido do dinheiro e vocês pagam por aí, porque isso aí não é gasto do presidente, nem da dona Michelle! É, deve ser de um terceiro que ela está pagando aí a conta desse terceiro ai!.Mauro Cid, em resposta a pedido para pagar boleto de irmão de Michelle.

Cid, porém, encaminha a demanda para a equipe da Ajudância de Ordens sacar os recursos para pagamento do boleto, apesar de não se tratar de uma despesa da Presidência da República. Para a PF, o fato é um indicativo do desvio de recursos do governo federal.

“Os elementos informativos colhidos demonstram que, apesar da despesa não ter relação com o Presidente da República nem com a primeira-dama, Mauro Cid anui e autoriza que o tenente Crivelatti (servidor da Ajudância de Ordens) encaminhe a quantia de R$ 590,91, oriunda da Ajudância de Ordens, à pessoa de Vanderlei para pagamento do plano de saúde tendo como beneficiário Yuri Daniel Ferreira Lima, irmão da sra. Michelle Bolsonaro”, escreveu a Polícia Federal.

Orientações de Bolsonaro

Outra troca de mensagens mostra que o então presidente Jair Bolsonaro orientou Mauro Cid a efetuar o pagamento de um boleto em dinheiro vivo. Tratava-se de uma despesa hospitalar de Maria Helena Braga, tia de Michelle.

A investigação não identificou se os recursos para o pagamento do boleto saíram da conta pessoal de Jair Bolsonaro ou dos cofres da Ajudância de Ordens.

“No grupo de WhatsApp da Ajudância de Ordens, Mauro Cid encaminha orientação do Exmo. Sr. Presidente da República, no sentido de o pagamento da GRU ser feita em dinheiro para ‘evitar interpretações equivocadas'”, diz, em despacho sobre as quebras de sigilo, o ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, um dos servidores da sua equipe faz o pagamento do boleto e lhe encaminha o comprovante, sem deixar claro qual teria sido a origem dos recursos.

Com informações UOL 

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