A UNIARP, por meio do curso de Agronomia e em parceria com a Estação Experimental da Epagri de Caçador, está conduzindo uma pesquisa para determinar a curva de acúmulo de nutrientes, a análise do crescimento e conhecer atributos do estado nutricional das plantas de uma variedade de tomate, da empresa Seminis. O objetivo foi estabelecer recomendações de adubação da cultura em sistema fertirrigado. O tomate foi cultivado em uma área da Estação Experimental da Epagri de Caçador na safra 2017-2018. O professor e pesquisador da Epagri, Leandro Hahn, está conduzindo a pesquisa, junto com as acadêmicas do curso de Agronomia, Camila Moreira e Priscila Dal Bosco.
Na pesquisa, a cada 14 dias a partir do plantio do tomate, foram avaliadas a altura de plantas, diâmetro do caule, número de folhas, número e massa fresca de frutos verdes e maduros. Além disso, avaliou-se a produtividade total e comercial e os teores minerais nos diferentes órgãos das plantas (folha, caule, frutos) para, em seguida, calcular o acúmulo dos nutrientes nos diferentes órgãos das plantas.
A empresa Seminis pretende divulgar os resultados da pesquisa na Hortitec 2018, que é a maior feira do setor de Horticultura da América Latina que será realizada em junho em Holambra-SP. Assim, os resultados também estarão à disposição dos produtores de todo Brasil a partir da próxima safra.
Para o professor Leandro, esta prestação de serviço será importante para a cadeia produtiva do tomate na região de Caçador, além da oportunidade para as acadêmicas participantes de conhecerem as técnicas de cultivo do tomateiro e desenvolverem habilidades e competências para atividades de pesquisa. “A partir dos resultados da pesquisa, espera-se estabelecer uma adubação equilibrada do híbrido para a região de Caçador, permitindo a colheita de frutos em quantidade e qualidade”, explica.
Entenda
A região, abrangendo os municípios de Caçador, Lebon Régis, Macieira, Calmon, Fraiburgo e Rio das Antas, é produtora tradicional de tomate no verão, cultivado a campo. Os custos de produção nos últimos anos aumentaram significativamente, diminuindo a competividade dos tomaticultores da região perante à concorrência na produção de tomate em outras regiões do Brasil.
O custo com fertilizantes, aliado a prática de fertirrigação na cultura do tomate, representa aproximadamente 12% do custo total. Diante disso, existe a necessidade de aprimorar conhecimentos científicos e buscar tecnologias que permitam a produção competitiva desta importante hortaliça produzida em SC. Desta forma, a aplicação de nutrientes de acordo com as necessidades de novas cultivares recomendadas para a região, é uma estratégia para aumentar a competividade da produção e a eficiência da aplicação de fertilizantes.