O advogado de defesa de Fábio da Silva, apontado como suspeito de ter matado e esquartejado pelo menos duas pessoas, deve pedir uma perícia psiquiátrica do seu cliente. A Polícia Civil de Caçador está tratando o caso como sendo de um suposto serial killer, já que é possível que Fábio tenha feito mais vítimas.
Giancarlo Almeida Schveitzer defende que Fábio seja submetido à perícia pelo comportamento e versões para os crimes, que ele já confessou: os assassinatos de Clarice Justino de Andrade e de Lucas Pereira.
“A versão dele é a de que ele tem visões do pai (assassinado em 2013) há algum tempo e, em relação aos acontecimentos, não lembra exatamente como aconteceram. Ele diz que é o pai dele quem fez isso”, afirmou Schveitzer ao Diário Catarinense.
O advogado diz ter acompanhado Fábio nos últimos dias a pedido de familiares dele. Isto porque ele já o representa no processo criminal que apura o assassinato do pai de Fábio em Curitibanos — o filho é acusado de ocultação de cadáver, enquanto a mãe é acusada de ter praticado o homicídio.
Como os inquéritos que investigam as mortes de Lucas e de Clarisse ainda estão em fase de elaboração, Schveitzer garante que ainda não tem intenção de tentar o relaxamento da prisão ou a liberdade do suspeito por meio de um habeas corpus, por exemplo.
A principal intenção, diz o defensor, é observar as garantias legais na condução da investigação.
“O inquérito está apenas começando, tem muitas situações para serem verificadas. A princípio, vamos acompanhar, ver tudo com calma. A única situação que eu notei é um desiquilíbrio mental. Por isso devemos requisitar uma perícia psiquiátrica para verificar a real situação dele”, destacou o advogado.
O delegado responsável pelas investigações, Eduardo de Mattos, ainda aguarda a perícia em celulares e no computador apreendido na casa de Fábio. A suspeita é de que ele tenha gravado o assassinato de Clarisse e de outras eventuais vítimas.
Com informações do Diário Catarinense.