A participação da seleção brasileira na Copa do Mundo feminina que decorre na França chegou ao fim com uma derrota nas oitavas às mãos da França, anfitriã do torneio. As “Gurias”, com a guardiã Bárbara (Avaí Kindermann e Caçador) levaram a decisão da eliminatória para a prorrogação e deixaram ótimos sinais ante uma equipe que vem somando títulos desde o escalão de sub-17. Presente em todas as edições da competição, fazemos um retrospeto das participações da “Canarinha” na mais importante prova dedicada a seleções femininas.
Prestação digna. A seleção brasileira não foi além das oitavas na Copa do Mundo 2019, mas a verdade é que as “Gurias” apresentaram um nível bem interessante na competição que atrai cada vez mais os adictos de apostas em futebol. Seu grupo, o C, foi bem equilibrado. Nova Zelândia, Itália e Brasil terminaram todas com seis pontos em um grupo completo pela Jamaica, nação incapaz de somar qualquer ponto. A “Canarinha” passou pelas jamaicanas com “hat-trick” de Cristiane, perdeu para a forte Austrália por três a dois e se superou à Itália por um a zero, gol da “rainha” Marta na cobrança de um pênalti. Nas oitavas, um “presente envenenado” – a temível seleção da França com uma ótima geração e ainda para mais atuando em seus domínios. A equipe brasileira esteve em desvantagem, empatou partida e adiou a decisão para a prorrogação, etapa da partida em que viria a perder por dois a um. Pela sexta vez em sua história – de forma consecutiva -, a seleção do Brasil ultrapassou a fase de grupos de uma Copa do Mundo feminina, ficando pelas oitavas pela quarta vez, tal como havia acontecido em 2011 para os Estados Unidos e em 2015 para a Austrália.
Melhor prestação em solo chinês
O melhor desempenho de sempre da seleção do Brasil em fases finais da Copa do Mundo feminina, competição organizada desde 1991, segue sendo a de 2007, ano em que a competição foi disputada na China. A “Canarinha” venceu o grupo D, nas quartas passou pela Austrália (3-2) e nas semis goleou a equipe dos Estados Unidos (4-0). Já na decisão, Marta e companhia não foram capazes de levar a melhor diante da Alemanha, perdendo por dois a zero. Para a história fica a melhor prestação da história do Brasil na prova até os dias de hoje. Oito anos antes, nos Estados Unidos, a seleção do Brasil havia conquistado sua primeira medalha de sempre na competição ao bater a congênere da Noruega na decisão através da marcação de pênaltis por cinco a quatro.
Marta, a maior artilheira da Copa
Por muitos considerada a “rainha” do futebol brasileiro e mundial, a jogadora Marta tem hoje 33 anos e é a maior artilheira da história da Copa do Mundo feminina. Em França, Marta participou pela quinta vez de uma fase final da prova e somou mais dois gols á sua conta pessoal, chegando a um total de 17 gols em fases finais da prova. Questionado pela imprensa acerca da possibilidade de marcar presença em mais alguma fase final de uma Copa do Mundo, a camisa 10 preferiu falar nas Olimpíadas de Tóquio agendadas para o próximo ano.