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“Pacientes se infectaram em momentos de lazer”, diz prefeito de Chapecó

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Em entrevista ao Balanço Geral Oeste na tarde desta terça-feira (12), o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL), explicou que já era esperado o aumento de casos de Covid-19 no município.
Atualmente, Chapecó contabiliza 405 pacientes infectados pelo novo coronavírus, segundo dados atualizados pela Secretaria Municipal de Saúde. Há três semanas eram apenas seis pessoas infectadas na cidade que é pólo do Oeste catarinense.

Com a expectativa de aumento de casos, o município se preparou para enfrentar a doença ainda em março, e isolou os grupos de risco para evitar uma contaminação expressiva e imediata.

Buligon salientou que o resultado de uma pesquisa feita com pacientes infectados pelo coronavírus em Chapecó mostra que o contágio ocorreu, em sua maioria, “nos momentos de lazer e de convívio com a família”. Ou seja, no contraturno de trabalho e nas aglomerações.

“Por isso a sensibilização para que a população tome os devidos cuidados e, principalmente, não saia de casa”, disse o prefeito, ao frisar que os espaços de lazer continuarão fechados.

Foi decretado, na sexta-feira (8), o uso obrigatório de máscaras de proteção facial em Chapecó, em todos os lugares, sob pena de multa de R$ 216. Antes da medida, 65% da população usava o equipamento. Na segunda (11), o número passou para 96%. “Isso vai achatar o contágio do vírus”, aposta o prefeito.

A partir de sábado (16), será obrigatória a medição de temperatura na entrada de supermercados. O decreto deve ser publicado nesta quarta (13). A medida foi recomendada pelo Governo do Estado no último fim de semana.

“O pior período será esse final de maio e início de junho, com o maior número de infectados. Esperamos que isso não se transforme em leitos de UTI e, o pior, que as pessoas morram”, disse o prefeito, que descartou suspender os serviços não essenciais por 14 dias, conforme recomendação estadual.

Dois meses de quarentena
Na próxima segunda-feira (18) completam dois meses de quarentena no município. Durante a entrevista, Buligon afirmou que, no dia 4 de março, Chapecó já tinha um plano de enfrentamento ao vírus, antes mesmo da declaração de pandemia feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que aconteceu no dia 11 daquele mês.

“Desde aquela época, adotamos a conduta de não deixar que as pessoas procurassem diretamente os hospitais, que fossem aos postos de saúde e de triagem, pois em alguns lugares o maior contágio ocorreu nos hospitais”, explicou o prefeito.

O primeiro decreto municipal foi feito em 18 de março, quando a maioria dos serviços públicos foi suspensa, inclusive as aulas e o transporte coletivo, que deixou de transportar cerca de 1,2 milhão de pessoas por mês – seguindo as regras estaduais.

Hoje, apesar do expressivo número de caso, não há registro de mortes no município. A baixa taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de Enfermaria nos hospitais públicos e privados deram fôlego ao município na preparação da estrutura de saúde.

O Hospital Regional do Oeste conta com 21 leitos destinados para pacientes em tratamento de Covid-19. Destes, apenas dois estão ocupados.

Volta das atividades

O Executivo municipal falou que a Secretaria Municipal de Saúde elabora um plano para a volta às aulas e a recuperação dos dias letivos perdidos. “No mês de junho esperamos voltar com as aulas e recuperar elas. Provavelmente vamos entrar em janeiro, sacrificar as férias, sábados e feriados”, destacou.

Sobre o transporte coletivo, o prefeito disse que, por enquanto, o serviço segue suspenso, pois a principal preocupação é nas aglomerações dos pontos de ônibus. “Nossa meta é que em junho voltaremos a operar, mas ainda é cedo falar sobre isso”.

A expectativa do prefeito é para que até a primeira quinzena de junho já se tenha um cenário definido sobre a expansão da doença do município. Portanto, as decisões de isolamento e quarentena se mantêm, ao menos, até 31 de maio.

Com informações ND Online 

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