Ossada humana pode estar há pelo menos 2 anos na casa do empresário
A descoberta de ossadas humanas no forro da casa de um empresário do setor funerário, durante a Operação Cortejo, desencadeou uma investigação que pode revelar um crime bárbaro e um esquema de extorsão no mercado funerário local.
As ossadas, que segundo a investigação preliminar, pertenceriam a dois irmãos, foram encontradas durante buscas realizadas na residência do empresário. A suspeita é de que os restos mortais tenham sido mantidos no local por cerca de dois anos, após um serviço de reforma de túmulo realizado pela empresa.
A operação, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) em novembro, tinha como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava no setor funerário de Chapecó. Dez pessoas foram denunciadas por extorsão, e a investigação revelou um cenário de violência e ameaças para controlar o mercado.
O Promotor de Justiça Alessandro Rodrigo Argenta explica que a investigação teve início após um empresário do ramo funerário denunciar ameaças por parte de seus concorrentes. A intenção era impedir a entrada de novos players no mercado e garantir o controle dos preços dos serviços funerários.
Com a descoberta das ossadas, a investigação tomou um novo rumo. A Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) estão trabalhando para identificar as vítimas e as circunstâncias da morte. Exames de DNA serão realizados para confirmar a identidade das ossadas.
A comunidade de Chapecó está chocada com a descoberta e questiona a segurança dos serviços funerários na cidade. A Polícia Civil pede a colaboração da população para que qualquer informação que possa auxiliar nas investigações seja repassada.