Operação Off-line prende dois suspeitos de fraudes em lojas virtuais em Santa Catarina

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Mais duas pessoas foram presas na Operação Off-line, que investiga um grupo suspeito de fraudes em vendas virtuais em Santa Catarina. Conforme o promotor de Justiça Odair Tramontim, ao todo, 12 pessoas estão presas nesta terça-feira (1).

Quatro novos mandados foram expedidos na segunda-feira (31), mas só dois foram cumpridos: um em Blumenau e outro em Ilhota, ambas cidades do Vale do Itajaí. Segundo Tramontim, as diligências continuam durante esta terça-feira.

“Essas pessoas foram identificadas durante os depoimentos da semana passada. A próxima etapa é desmembrar os casos, verificando objetos apreendidos, como celulares e computadores”, afirma o promotor.

Líderes continuam detidos

Na semana passada, 17 pessoas foram presas. Segundo o promotor, permanecem detidas os que comandavam e executavam os crimes, ou seja, aqueles que criavam os sites e aliciavam outras pessoas. Os que foram considerados ‘laranjas’, que emprestavam o CNPJ para abrir as empresas, respondem em liberdade.

Tramontim afirma que três pessoas que são consideradas líderes do esquema estão presas.

Os suspeitos devem responder por estelionato e organização criminosa e, dependendo da averiguação das provas, lavagem de dinheiro.

Esquema

“Eles criavam a empresa virtual em nome de laranjas e abriam contas-correntes para o depósito das compras. Eles nunca entregaram nenhuma mercadoria”, explicou o promotor.

Quando as lojas eram alvo de reclamações na internet e na própria polícia, o grupo criava outras. O Gaeco descobriu 19 delas, mas acredita que haja mais.

Microempreendedores individuais eram usados como laranjas para abrir conta em banco, para onde o dinheiro do site era encaminhado. Em troca, os laranjas levavam de 10% a 15% do valor depositado pelas vítimas.

Como os microempreendendores individuais não podem faturar mais que R$ 60 mil por ano, logo a conta era bloqueada pelos bancos e os criminosos procuravam outro laranja e abriam outra loja virtual.

“Para mostrar aos compradores, nos últimos tempos eles alugavam salas comerciais, faziam plotagem, tiravam fotografia e divulgavam na internet, para dar aparência de que existia loja física. Eles também gravavam vídeos de supostos consumidores, diziam que a mercadoria teria sido entregue. Com esses artifícios, conseguiam enganar os consumidores”, explicou o promotor.

A investigação do Gaeco começou em março, depois de denúncias feitas por algumas vítimas que procuraram o Ministério Público de Santa Catarina. A maioria dos envolvidos no esquema tem entre 19 e 24 anos. A investigação chegou até eles pelas postagens que faziam nas redes sociais, ostentando muito dinheiro, alguns com carros importados.

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