A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (13), em Santa Catarina, uma operação contra o tráfico de drogas que investiga o uso de pequenas aeronaves e aeródromos por uma facção criminosa, para trazer cocaína da Bolívia. A polícia acredita que a droga abastece o mercado interno e é enviado para o exterior, por meio dos portos catarinenses e também de outros estados.
Polícia Federal cumpre mandado de busca em apartamento de luxo em Balneário Camboriú
A operação, que recebeu o nome de Narcos, inclui 17 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, em diversos estados – Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.
Em Santa Catarina, os mandados de prisão foram cumpridos em Balneário Camboriú, Bombinhas, Florianópolis, Itapema e Porto Belo. Houve cumprimento de mandados de busca e apreensão nas mesmas cidades, além de Brusque e Canelinha.
Durante as investigações, foram apreendidas quase duas toneladas de cocaína e 12 aeronaves, o que resultou na prisão em flagrante de alguns integrantes do grupo. No ano passado, um dos líderes foi detido no Pará – na ocasião, a polícia foi recebida a tiros. Há indícios que, além de drogas, o grupo também atue no contrabando de armas de calibre restrito.
O grupo tem patrimônio milionário registrado no nome dos membros da quadrilha e de laranjas – o que levou a Justiça a determinar o sequestro de diversos imóveis, inclusive de alto padrão, entre eles apartamentos em Itapema, Bombinhas, Porto Belo e um sítio em Canelinha. Também foram sequestrados automóveis de alto valor, incluindo BMW X6 e um Land Rover, de valor não divulgado. Vinte e cinco dos investigados tiveram as contas bloqueadas por ordem judicial.
A Polícia Federal contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Polícia Civil. Policiais civis prestaram apoio à PF no cumprimento dos mandados judiciais.
Os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas somadas podem ultrapassar 30 anos.
Com informações NSC Total