A Oi, na última sexta-feira, 30, enviou um fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no qual informa que fechou um acordo de exclusividade com o grupo russo Letter One (L1). O negócio fechado foi uma contraproposta feita ao L1, que havia se disposto a investir até US$ 4 bilhões na Oi caso ela aceitasse uma fusão com a TIM.
Segundo uma comunicação da Oi datada de 26 de outubro, o Letter One, que tem como dono o bilionário russo Mikhail Fridman, havia se disposto a investir até US$ 4 bilhões na Oi, contanto que ela aceitasse realizar a fusão com a TIM.
No fato relevante comunicado, a Oi afirmou que enviou uma contraproposta à L1, na qual sugeria que ambas as empresas se concedessem “mutuamente um direito de exclusividade, por um período de 07 meses contados de 23 de outubro de 2015, com relação a, especialmente, combinações de negócios envolvendo companhias de telecomunicações ou ativos de telecomunicações no Brasil”.
A L1, por sua vez, aceitou a contraproposta. Como resultado, as negociações entre Oi e Letter One sobre a fusão com a TIM devem avançar ao longo dos próximos sete meses. O objetivo, segundo o comunicado da Oi, seria “possibilitar uma consolidação do setor de telecomunicações no mercado brasileiro”.
Mercado dominado
De acordo com a consultoria Teleco, a Oi detém atualmente cerca de 17,8% do mercado de celulares no Brasil, e a TIM, 26,2%. Caso a fusão ocorra, a empresa resultante terá 44% do mercado, deixando a Vivo, atual líder de mercado com 29%, num distante segundo lugar.
Apesar dos acordos entre Oi e L1, contudo, a TIM ainda não recebeu nenhuma proposta concreta de fusão. Dada a duração do direito de exclusividade entre L1 e Oi, porém, é provável que a negociação se prolongue pelos próximos meses.