As delações, em vídeos, dos diretores da Odebrecht Ambiental, Fernando Cunha Reis e Paulo Roberto Welzel, apontam que a empresa pretendia comprar a Casan. Para isso, segundo as revelações, houve a negociação sobre os recursos para as campanhas do governador Raimundo Colombo em 2010 e 2014, do prefeito Cesar Souza Junior em 2012 e dos deputados Gelson Merísio e José Nei Ascari em 2014.
As informações foram divulgadas pelo Diário Catarinense e pelo jornalista Moacir Pereira nesta quinta-feira, 13.
O governador teria aprovado emenda constitucional na Assembleia para viabilizar a participação da Odebrecht na Casan.
Ainda de acordo com os delatores, os pedidos e os encaminhamentos envolveram os secretários da Fazenda Ubiratan Rezende, Nelson Serpa e Antônio Gavazzoni, o ex-secretário Enio Andrade Branco e o tesoureiro da campanha de Colombo, José Carlos Oneda. Em 2014, houve a participação do advogado André Agostini moreno, que teria recebido 2 milhões no Hotel Grand Hyatt em São Paulo.
O que diz o governador
Usando a estrutura institucional do Governo do Estado, o governador Raimundo Colombo divulgou nota nesta quarta-feira, 12.
Confira:
O Governo do Estado reafirma que não fez qualquer negócio ou fechou qualquer contrato com a Odebrecht e que a empreiteira não participou de nenhuma licitação desde o início do atual governo, em 2011.
Destaca que todos os citados na delação ainda não tiveram acesso aos documentos liberados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, nesta quarta-feira, 12, e que, em momento e fórum oportuno estarão, como sempre estiveram, à disposição da Justiça para todos os esclarecimentos que forem solicitados.